Cobertura vacinal e redução de filas na saúde são desafios para o Ministério da Saúde

Relatório elaborado pela equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio, alertou que o Brasil vive uma grave crise sanitária

Nova gestão terá que reformular o sistema público de saúde - DIVULGAÇÃO SESPA - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO PARÁ

Recuperar o orçamento e estabelecer medidas de resgate da autoridade sanitária e da capacidade técnica do Ministério da Saúde para a coordenação do SUS (Sistema Único de Saúde) estão entre os principais desafios do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse no próximo domingo (1º).

Ambas as estratégias são consideradas essenciais para que as demais prioridades da área, como o retorno de altos índices de coberturas vacinais e o enfrentamento de filas na atenção especializada, possam ser efetivadas. A pasta será comandada pela atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade.

Segundo relatório elaborado pela equipe de transição, o país vive uma grave crise sanitária. Além das quase 700 mil mortes causadas pela Covid-19, o documento destaca um quadro de piora generalizada de indicadores, citando o risco de reintrodução de doenças como a poliomielite e o retorno de internações por desnutrição infantil provocadas pela fome.

A proposta é implementar um esforço concentrado nacional para reduzir filas de espera para diagnósticos, tratamentos e cirurgias de baixa e média complexidade, todas muito afetadas pela pandemia. Esse esforço, de acordo com o relatório, deve estar articulado a ações estruturantes para a reorganização de uma atenção básica resolutiva e integrada.

Desafios

Ainda de acordo com a publicação elaborada pela equipe de transição, o grave quadro sanitário brasileiro decorre de um conjunto de retrocessos institucionais, orçamentários e normativos que levaram ao desmonte das políticas de saúde e que afetaram o funcionamento de diversas áreas do SUS.

"A degradação da autoridade sanitária nacional e do papel de coordenação e articulação do Ministério da Saúde foram fatores chave na desestruturação de políticas e programas até então bem-sucedidos, como o PNI (Programa Nacional de Imunizações), Mais Médicos, Farmácia Popular, IST-Aids e Política Nacional de Saúde Integral da População Negra."

O documento destaca que também foram seriamente afetados serviços que compõem as redes assistenciais do SUS: atenção básica, saúde mental, saúde da mulher, urgência e pessoa com deficiência. A estimativa é que, de 2018 a 2022, as perdas do SUS chegaram a quase R$ 60 bilhões, descontando-se gastos autorizados por medidas provisórias relacionadas à Covid-19.

"Para 2023, a saúde sofreu o impacto da desorganização provocada pela proposta de orçamento do governo, com consequências deletérias para programas como o Farmácia Popular, o Mais Médicos/Médicos pelo Brasil, o Saúde Indígena, entre outros. Também é altíssimo o risco de colapso de serviços essenciais por falta de financiamento federal e por comprometimento da compra de insumos essenciais, incluindo vacinas e medicamentos."

Prioridades

O documento defende priorizar a recuperação de áreas como saúde mental, saúde da mulher, da criança e do adolescente e da população indígena. O mesmo olhar deve recair sobre programas citados como bem-sucedidos, mas desmantelados ao longo dos últimos anos, como o Farmácia Popular.

Por fim, o relatório destaca a retomada do estímulo ao desenvolvimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e da transformação digital do SUS.

A publicação avalia ainda como urgente a verificação das condições de suporte, insumos e contratos em geral, citadas como “seriamente comprometidas” e como medidas fundamentais para a retomada do desenvolvimento de um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito.

"Com relação aos colegiados de participação social, que foram desarticulados e desacreditados, impõe-se o resgate do compromisso com o fortalecimento do CNS (Conselho Nacional de Saúde), indispensável ao controle social e à gestão participativa no SUS; e a retomada das conferências nacionais de saúde."



Com a chegada do Natal e Ano-Novo, as celebrações se tornam comuns nas casas brasileiras. Ceias fartas, alimentos açucarados, como panetone, e bebidas alcoólicas fazem parte das comemorações, mas também exigem um cuidado especial com a saúde oral.

Além de ser uma época com aumento da incidência de tombos e traumas na região dentária, a pessoa pode ter incômodos desnecessários, como uma gengivite e uma sensibilidade aumentada.

'[Pode ter uma] dor de dente fora de hora. Por exemplo, às vezes, um processo infeccioso associado à região onde está nascendo o terceiro molar [dente do siso], pode ser exacerbado se você não fizer uma boa higiene oral durante vários dias consecutivos', alerta o cirurgião bucomaxilofacial Gabriel Pastore, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Para evitar essas intercorrências, há seis cuidados básicos que podem ser tomados.

Fonte: R7

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