507 áreas de risco são monitoradas na Grande Vitória.
Se por um lado a chuva é motivo de comemoração para produtores rurais, por outro, moradores que vivem em área de risco se preocupam com a possibilidade de enchentes, inundações e deslizamentos, sobretudo no verão, a estação mais chuvosa do ano.
Na Grande Vitória, de acordo com as Defesas Civis municipais, 507 áreas de risco são monitoradas.
Vitória, capital do Espírito Santo, lidera o ranking com 257 pontos mapeados na cidade, seguido de Vila Velha (104), Serra (86), Cariacica (53) e Viana (7).
De acordo com a Defesa Civil do Espírito Santo, as áreas de risco são aquelas que têm a probabilidade de ocorrer um efeito adverso, como enchentes, inundações e deslizamentos, pressupondo sempre a perda, seja material ou da vida humana.
O órgão explicou ainda que essas áreas têm quatro classificações, de 1 a 4, que indicam menor e maior probabilidade de ocorrências danosas à vida humana.
Área de risco em Vitória, capital do ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Causas e prevenção
No caso das enchentes e inundações, a principal causa, de acordo com Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é a precipitação pluviométrica (ou seja, chuva) em excesso em um período curto de tempo.
"Enchente é o aumento do nível da água no canal de drenagem em função do aumento da vazão, atingindo a cota máxima do canal, porém, sem que isso gere transbordamento. Quando acontece o transbordamento, trata-se de uma inundação, no qual inunda a região e o sistema de drenagem não é capaz de conter a vazão da chuva", informou o órgão.
O Serviço Geológico explicou ainda ainda que existem três tipos de inundações, a fluvial, causada pelo transbordamento de rios e lagos; a marítima, originada por grandes ondas e ressacas; e a artificial, causada por falhas humanas, como por exemplo o rompimento de barragens.
Já deslizamentos, segundo o tenente-coronel Carlos Wagner Borges, trata-se do nome técnico para movimento de massa.
"Os deslizamentos e desmoronamentos são a mesma coisa para falar de movimento de massa. Geralmente, deslizamento é usado quando falamos de terra, por exemplo, um barranco que cedeu; e desmoronamento para falar de edificações", explicou o coronel.
Além das chuvas intensas, existem outras causas que causam deslizamentos.
"Escavações irregulares, construção irregulares em encostas, árvores próximo a moradias... Tudo isso pode causar movimentos de massa e gerar transtornos", disse Carlos Wagner Borges.
Segundo o coronel, os moradores em áreas de risco, devem ficar atentos a alguma sinais que antecedem deslizamentos. São eles:
- Trincas no solo u na encosta;
- Desprendimento de parte de massa- mesmo que pequena;
- Árvore inclinando ou caindo;
- Muro trincado;
- Aparecimentos de rachaduras pela casa;
- Janelas e portas emperradas.
"A orientação nesses casos é acionar a defesa civil do município, que vai ao local e avaliar os riscos do morador continuar ou não em casa", disse Carlos Wagner.
Fonte: G1