Com o avanço da tecnologia e a chegada da internet, o rádio tem perdido espaço com o passar dos anos, entretanto seu espaço ainda se mantém graças aos seus ouvintes fiéis, principalmente quando falamos da rádio AM.
Mas a tecnologia não é o motivo para a queda da rádio AM, mas sim os carros elétricos. Segundo as montadoras, as interferências eletromagnéticas fazem com que as ondas AM não cheguem de forma “limpa” aos rádios dos carros, diferentemente das ondas FM, que não produzem chiados nem barulhos confusos.
A Nielsen, uma empresa global que mede a audiência de veículos de comunicação em todo o mundo, realizou um levantamento que apontou que os ouvintes AM representam apenas 20% de todos os ouvintes dos EUA da Nielsen, uma empresa global que mede a audiência.
No Brasil, oito em cada 10 brasileiros escutaram a rádio AM em agosto de 2022, de acordo com o levantamento do Kantar IBOPE. A empresa ainda afirmou que neste ano houve um aumento de 3% na audiência desse veículo.
A BMW afirmou, em nota, que já está providenciando a retirada da rádio AM de seus veículos. A montadora esclareceu que a decisão foi tomada para não “frustrar os consumidores” com a baixa qualidade.
Além da BMW, a Tesla, Audi, Volvo, Porsche e Ford também tomaram a mesma decisão. Ron January, gerente de operações da WATV-AM, uma estação de rádio do Alabama (EUA), chamou essa decisão de “assassinato”.
“A maior parte dos nossos ouvintes está dirigindo de manhã e à tarde, quando as pessoas estão indo ou voltando do trabalho. Então, se não estivermos no seu carro, não existiremos”, lamentou Ron January, ao The New York Times.
Pode acontecer um grande impacto econômico e uma alta taxa de desemprego caso uma grande parcela de emissoras AM desapareçam, mas, segundo alguns especialistas, essa situação pode ser revertida, tendo em vista que os problemas podem ser solucionados com cabos blindados, filtros e escolhas assertivas dos componentes elétricos dos veículos.
Fonte: Capitalist
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