O Aeroporto de Vitória registrou, na manhã desta segunda-feira (19), dois cancelamentos em função da greve dos aeronautas.
Um cancelamento ocorreu a partir de Congonhas para Vitória, de 10h55 e outro a partir de Vitória para Congonhas com horário de 11h50. Os dois cancelamentos são da mesma companhia aérea, a Latam.
De acordo com a Zurich, concessionária que administra o terminal, até 12h30 a paralisação não havia gerado atrasos em decolagens em pousos.
Reinvidicações
Os aeronautas cobram melhores condições de trabalho e reajustes salariais (veja detalhes abaixo). A concessionária orienta que os passageiros com viagens marcadas para esta segunda chequem o status de seu voo.
A Azul Linhas Aéreas informou que não vai comentar sobre o assunto.
A Gol disse que, durante o período da paralisação dos aeronautas, todos os voos previstos foram operados e apenas alguns sofreram atrasos. Além disso, recomendou que os passageiros acompanhem os status dos voos. A companhia não informou se houve atrasos no ES.
A reportagem entrou em contato com as demais companhias aéreas para saber sobre impactos no Aeroporto de Vitória, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Greve dos aeronautas
A categoria cobra melhores condições de trabalho, além de reajustes salariais. Na sexta-feira (16), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a manutenção de 90% dos aeronautas em serviço no caso de greve da categoria.
A decisão é uma resposta à ação judicial do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) contra o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).
No domingo (18), os aeronautas rejeitaram a proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2023. Segundo o SNA, 76,43% votaram contra a proposta, 22,91% foram favoráveis, e 0,66% se abstiveram. Participaram da assembleia online 5.767 votantes.
Aeronautas são todos os profissionais que exercem atividade no interior de uma aeronave, como o comandante (piloto), co-piloto, comissário de bordo, mecânico de voo, navegador e radioperador de voo.
Veja a proposta apresentada e recusada pelos trabalhadores
- 100% INPC nos salários fixos e variáveis + 0,5% de aumento real, a incidir sobre diárias nacionais, piso salarial, seguro, multa por descumprimento da convenção e vale alimentação.
Fonte: G1