Jovem que matou a esposa no aniversário dela é condenado a 27 anos de prisão


Dois anos após matar a esposa no dia do aniversário dela, no Morro da Garrafa, em Vitória, o jovem que confessou ter atirado em Evellin Bernardo de Oliveira foi à júri popular nesta quarta-feira (07). Felipe Martins Amorim foi condenado a pouco mais de 27 anos de prisão em regime fechado.

O réu foi considerado culpado pelo homicídio qualificado que ocorreu em outubro de 2020. A sentença, fixada em 27 anos, 1 mês e 15 dias em regime fechado, levou em consideração três agravantes: a impossibilidade de defesa da vítima; a violência contra mulher; e a calamidade pública.

Evellin foi morta com um tiro na cabeça em 31 de outubro de 2020. Nesta quarta-feira, os amigos e familiares da jovem estiveram no Fórum Criminal de Vitória para acompanhar o julgamento do acusado.

A mãe de Evellin mora no interior do Estado e soube que o ex-companheiro da filha seria julgado na véspera. Ela veio para a Capital para acompanhar de perto.

"Ele acabou com a vida da minha filha no dia do aniversário dela e as coisas dela estão lá em casa ainda", desabafou.

Segundo as investigações, o companheiro da vítima é apontado como o executor do crime. Na época, ele se entregou à polícia e alegou ter sido um acidente. O homem não foi preso no dia, mas a prisão foi decretada um mês depois.

"Eu não acredito que seja acidente. Um tiro no meio da testa. Foi perto, ele encostou, ele já tinha ameaçado, inclusive eu tenho provas que ele ameaçava ela direto, que ele não tinha matado antes porque ela estava grávida. Então, acredito que ele fez querendo mesmo", explicou a mãe da vítima.

Relembre o crime

Evellin tinha apenas 21 anos quando foi morta. Do relacionamento nasceu uma bebê, que na época do crime tinha apenas quatro meses. Apesar da alegria de um filho, a mãe da jovem disse que a relação do casal era marcada por agressões.

"A gente é de Aracruz. Ela veio pra cá (Vitória), mas não tinha mais de um ano morando aqui. Eu já tinha levado ela embora, umas três vezes, porque ela sofria agressão dele. Inclusive, quando estava grávida", disse.

Na época em que o crime aconteceu, testemunhas disseram para a Polícia Civil que um homem teria deixado a vítima sangrando na Unidade de Pronto Atendimento do bairro, mas logo saiu correndo sem se identificar.

Pouco tempo depois, a sogra de Evellin também teria ido ao local, mas sem dar explicações do que teria acontecido com a nora. Apesar da pouca idade, o companheiro da jovem já tinha passagens pela Justiça.

O jovem respondia por um dos crimes em liberdade. Ele deveria estar usando uma tornozeleira eletrônica, mas, segundo a mãe da vítima, ele não estava utilizando no dia do crime.

"Ele tinha que está respondendo, ele tinha que está com a tornozeleira. Eu avisei no dia em que vim reconhecer minha filha no DML, eu fui na polícia e falei: 'Ele tá sem tornozeleira'", contou Aline.

Apesar de saber que nunca mais terá a filha nos braços, a mulher deseja que o acusado pague pelo crime que cometeu.

"Nem a vida dele ele ama, porque a própria vida dele, a convivência com a filha, ele destruiu", contou Aline.

O espaço segue aberto caso a defesa do acusado queria se posicionar sobre a decisão do júri.

Fonte: TV Vitória/Record TV


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