Bento tem 95 anos e está no Vaticano desde sua renúncia.
O ex-papa Bento (direita) é saudado pelo Papa Francisco durante uma cerimônia para marcar seu 65º aniversário de ordenação ao sacerdócio no Vaticano — Foto: Osservatore Romano/Reprodução via REUTERS
O Pontífice, Papa Francisco, pediu nessa quarta-feira (28) orações pelo ex-papa Bento XVI, dizendo que ele está "muito doente".
"Gostaria de pedir a todos uma oração especial pelo Papa Emérito Bento, que, no silêncio, está sustentando a Igreja. Lembremo-nos dele. Ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e sustente neste testemunho de amor à Igreja, até o fim", disse Francisco, falando em italiano.
Francisco fez o apelo surpresa ao final de sua audiência geral, sem dar detalhes.
Papa emérito, Bento XVI, é visto em Munique, na Alemanha, em 22 de junho de 2020 — Foto: Sven Hoppe/Pool via REUTERS
Bento, 95, em 2013 se tornou o primeiro papa em cerca de 600 anos a renunciar. Ele mora no Vaticano desde então. Não houve comentários imediatos do Vaticano sobre o estado de saúde de Bento, e os telefonemas para sua residência no Vaticano não foram atendidos.
Até algumas semanas atrás, aqueles que viram Bento disseram que seu corpo estava muito frágil, mas sua mente ainda estava afiada.
Bento, o primeiro papa alemão em 1.000 anos, foi eleito em 19 de abril de 2005 para suceder o amplamente popular papa João Paulo II, que reinou por 27 anos.
Bento XVI acena da janela da sacada da Basílica de São Pedro depois de ser eleito o 265º papa da Igreja Católica, em 19 de abril de 2005, na Cidade do Vaticano — Foto: Patrick Hertzog/AFP/Arquivo
Os cardeais o escolheram entre eles em busca de continuidade e do que se chamou de "um par de mãos seguras".
Por quase 25 anos, como cardeal Joseph Ratzinger, ele foi o poderoso chefe do escritório doutrinário do Vaticano, então conhecido como Congregação para a Doutrina da Fé (CDF).
Joseph Ratzinger, seu nome de batismo, nasceu na Baviera, na Alemanha, em 1927 e foi ordenado padre em 1951 e bispo em 1977. No mesmo ano, o Papa Paulo VI o nomeou cardeal. Nunca deixou de escrever e dominava seis idiomas: alemão, italiano, francês, latim, inglês e castelhano, além de ter conhecimentos de português.
Fonte: G1