Como raios cósmicos ajudaram a revelar corredor oculto em pirâmide no Egito; veja vídeo do interior

Imagens captadas por câmera de endoscopia mostram área selada por séculos, cuja função ainda não foi descoberta

Imagem mostra corredor oculto encontrado dentro de pirâmide, no Egito Divulgação

Tecnologia de ponta que trabalha com a análise de raios cósmicos ajudou cientistas e arqueólogos a descobrirem um corredor oculto na estrutura da pirâmide do faraó Khufu, ou Queóps, em Gizé, no Egito. O achado da estrutura de nove metros de comprimento e dois de largura foi anunciada nesta quinta-feira pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. A expectativa é que o espaço seja porta de entrada para novas descobertas dentro daquela que é a última das Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda de pé.

O corredor oculto foi filmado pela equipe de pesquisadores, que fizeram uso de uma câmera de endoscopia. 


Localizado na face norte da pirâmide, o corredor tem um teto triangular e foi construído há mais de 4,5 mil anos. A descoberta foi feita graças ao projeto ScanPyramids, uma missão científica internacional de universidades francesas, alemãs, canadenses e japonesas, que estuda o interior das pirâmides sem a necessidade de escavações e outras ações invasivas. Egiptólogos do passado abriam caminho nestas estruturas com técnicas como explosões, como fez o britânico Howard Vyse no século XIX.
A pesquisa que resultou na descoberta do corredor oculto foi publicada nesta quinta-feira na revista Nature Communications. Já se suspeitava do local, no entanto, desde 2017, quando foi anunciada a existência de um misterioso "espaço vazio" dentro da estrutura da pirâmide.

A equipe por trás da pesquisa fez uso de uma tecnologia que consegue captar um tipo radiação espacial, os múons. A muografia, como é chamada a técnica, consegue encontrar mudanças de densidade dentro de estruturas rochosas, sendo comumente utilizada no estudo de vulcões e geleiras. Criados pela colisão de raios cósmicos com moléculas de ar, os múons movimentam-se em alta velocidade e pouco interagem com a matéria ao seu redor. Com isso, penetram fundo em estruturas rochosas.

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Fonte: O Globo

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