Uma criança morreu após contrair meningite meningocócica, a forma mais grave da doença, em Marataízes, no Litoral Sul do Espírito Santo. Segundo informações da prefeitura, a morte foi registrada na última terça-feira (28), mas as informações foram divulgadas nesta sexta (31).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o menino foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento da cidade com febre. Até o momento não há mais casos da doença.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, a criança esteve nos últimos 15 dias em uma festa de aniversário em Vila Velha.
Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) iniciará uma investigação, uma vez que Marataízes não possui registros recentes de casos de meningite.
O que é meningite
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
Em geral, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.
Entre os principais sintomas da doença estão:
- Febre, dor de cabeça e rigidez de nuca. Muitas vezes há outros sintomas, como: mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status mental alterado (confusão). Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.
- Vacinas são presentes no calendário nacional
A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns, são presentes medidas de prevenção primária, como por exemplo as vacinas.
A vacina meningocócica C faz parte do calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúdo, sendo indicadas duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade e um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade, além de estar disponível para crianças de até 10 anos que não foram imunizadas ou ficaram sem uma dose.
Aos 11 anos de idade, as crianças recebem dose única da vacina meningocócica ACWY, que complementa sua proteção contra a doença.
A reportagem procurou a Sesa para saber mais informações sobre o caso, mas até o momento não obteve retorno.
Fonte: Folha Vitória