Suspeito afirmou que abandonou o pai por estar cansado de cuidar dele e que o idoso dava 'muito trabalho', segundo a polícia. Homem foi preso na casa de familiares.
Filho conversando com o pai antes de abandoná-lo, em Luziânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera |
Um homem de 35 anos foi preso suspeito de abandonar o próprio pai, de 65 anos, em uma padaria de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito afirmou que o idoso dava “muito trabalho” e que sofre com crises psicóticas devido a Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). Câmeras de segurança registraram o momento em que o filho deixa o pai no local e, em seguida, vai embora (vídeo acima).
Como o nome do suspeito não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
Conforme a PM, o homem afirmou que estava cansado de ajudar a mãe a cuidar da vítima, que desde 2016, depende dos familiares. O suspeito explicou que o pai é agressivo e que a mãe dele sofre para ajudar o marido, que a agredia.
Por não aguentar mais ver a mãe sofrendo, segundo contou à polícia, o homem abandonou o pai no estabelecimento com a esperança de que alguém no posto policial, que fica próximo ao local, o encontrasse e o acolhesse, no domingo (23).
O suspeito foi preso pela PM na casa de familiares horas depois do abandono. A corporação foi acionada por uma atendente do local, após a funcionária notar que o idoso estava sozinho há mais de duas horas. Durante o período em que ficou no local, os funcionários da panificadora precisaram ajudar o idoso a se alimentar e a ir ao banheiro.
A corporação chegou até o suspeito pela placa do veículo, que foi filmada por câmeras de segurança. Ao ser abordado, conforme a PM, o homem disse que o pai estava no hospital, mas acabou preso por abandono de incapaz e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil da cidade.
O delegado responsável pelo caso, Fabiano Medeiros, informou que a PC irá ouvir testemunhas, além da vítima e do suspeito nos próximos dias para tentar entender o motivo do crime e como era a relação da vítima com a família.
Fonte: G1