Interessados em adotar uma criança ou adolescente e formar uma família, precisam passar por diversas etapas. Veja como funciona o processo
Foto: TV Brasil |
Já pensou em adotar uma criança ou adolescente? No dia 25 deste mês, é celebrado o Dia Nacional da Adoção. O processo ajuda diversas pessoas a formar a tão sonhada família, mas durante o andamento dele, podem surgir muitas dúvidas sobre a habilitação e os trâmites necessários. Entre elas, como é feita a escolha do perfil de quem será adotado.
O psicólogo e coordenador da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Espírito Santo (Ceja/ES), Helerson Elias Silva, explica que o pretendente pode indicar o perfil da criança ou adolescente que gostaria de adotar.
"Você já pode vir com a escolha pré-definida. Geralmente, em conversa com o psicólogo e assistente social, esse quadro pode mudar. Você pode entender que está disponível para um perfil um pouco maior ou um pouco menor. Isso é definido durante a etapa de habilitação. Você escolhe a idade, a etnia, se a criança pretendida tem ou não alguma doença", exemplifica.
Helerson alerta para que os pretendentes fiquem atentos ao que desejam. Isso porque o sistema faz um tipo de "filtro" para indicar quais crianças ou adolescentes disponíveis para adoção atendem ao desejo e à condição de vida da futura família.
"O Sistema Nacional de Adoção tem um corte muito preciso. Por exemplo, se você escolher uma criança de até dois anos e, de repente, tem uma criança disponível na Comarca com dois anos e um mês, você não integrará o quadro de pretendentes em potencial para aquela criança", pontuou.
Quando uma criança ou adolescente com o perfil desejado é identificado, a pessoa que pretende adotar tem um limite para fazer a recusa. Essa limitação é imposta porque, durante o período de habilitação, ela teve tempo hábil para refinar o perfil desejado.
"Se acontecer de ligarem e oferecerem uma criança no seu perfil, você pode recusar uma ou duas vezes. Na terceira vez, você será bloqueado e terá que passar por um processo de reavaliação para entender se o perfil está realmente adequado", disse.
Quem deseja adotar uma criança deve procurar a Vara de Infância e Juventude do município com os documentos pessoais e, no local, receberá algumas orientações. Durante o processo, os candidatos passam por uma série de entrevistas com psicólogos e participam de um curso preparatório, antes de entrar no Cadastro Nacional de Adoção.
"Esse processo é importante para que a gente tenha certeza que aquela criança será colocada em um lar cheio de amor, e que realmente, aquela pessoa pode dar o suporte necessário que a criança necessita", conclui.
Fonte: Folha Vitória