450 ossadas revelam pessoas consideradas 'vampiros' no século 19

Vala comum contendo mais de 400 supostos 'vampiros' descoberta durante obras na Polônia Maciej Stromski/Reprodução

Trabalhadores da vila de Luzino, no nordeste da Polônia, descobriram um cemitério onde estavam 450 pessoas enterradas nos anos 1800 como supostos “vampiros”. No momento da descoberta, os operários alargavam a rua Kościelna perto de uma igreja.

Na época dos enterros, alguns dos esqueletos foram decapitados, seus crânios colocados entre as pernas e uma moeda depositada em suas bocas. A prática comum na região durante o século 19 era parte de um costume para eliminar a “maldição dos vampiros”.

Após o achado inicial dos trabalhadores, especialistas em arqueologia foram acionados para investigar os enterros, que pertenciam a um antigo cemitério sob a igreja polonesa.

“Descobrimos exemplos de crença nos mortos voltando do túmulo, que só poderiam ser interrompidos por decapitação”, explica o arqueólogo Maciej Stromski, ao site polonês The First News. “Acreditava-se que se um membro da família do falecido morresse logo após o funeral, então ele ou ela poderia ser um vampiro.”

Esqueleto decepado descoberto na vila de Luzino, na Polônia — Foto: Maciej Stromski/Reprodução

Segundo o arqueólogo, em cerca de 30% das sepulturas descobertas havia tijolos colocados no falecido ao lado de suas pernas, braços e cabeça. Em várias de suas bocas havia moedas, uma das quais era de 1846.

Ossos de "vampiro" descobertos no cemitério polonês — Foto: Maciej Stromski/Reprodução

Stromski conta que a equipe descobriu uma mulher decapitada com um crânio de uma criança colocado em seu peito. Conforme o portal de notícias polonês Nadmorski24, a pesquisa arqueológica da rua Kościelna já dura dois meses.

A igreja onde os esqueletos humanos foram descobertos foi construída no início do século 18, e depois ampliada depois de 1945. Em algum momento, foram designados locais no cemitério onde grandes quantidades de ossos foram depositados em ossuários.

Segundo os arqueólogos, a descoberta dos “vampiros” era muito provável, porque o enterro em igrejas era uma prática comum. A disposição dos ossos e objetos ao redor dos mortos confirma as práticas “anti-vampiros” conhecidas na literatura, contos populares e pesquisas arqueológicas anteriores.

Restos de um indivíduo descobertos na vila de Luzino, na Polônia — Foto: Maciej Stromski/Reprodução

Fonte: Galileu


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