Brasileiro e dois cúmplices acusados de atentado contra Cristina Kirchner vão a julgamento


Cristina Kirchner afirma que os mandantes não foram descobertos, mas o promotor diz que não há qualquer indício de que havia uma rede por trás do atentado contra a vice-presidente.

Casa Rosada, Sede do Governo Argentino (naphtalina/Getty Images)

A Justiça argentina decidiu, nesta segunda-feira (12), que o processo contra três acusados de tentativa de assassinado de Cristina Kirchner vai para a fase de julgamento.

O atentado aconteceu em setembro do ano passado. O principal acusado, Fernando Sabag Montiel, que apontou a arma na cara de Cristina Kirchner, é brasileiro.

Cristina, que é vice-presidente e ex-presidente da Argentina, queria que houvesse mais coleta de provas antes que o caso fosse para julgamento.

A entrada na fase de julgamento implica o encerramento do inquérito e foi pedida pelo promotor Carlos Rívolo em 30 de maio. A defesa dos três acusados não apresentou nenhuma objeção, assim a juíza María Eugenia Capuchetti deu continuidade ao processo.

Fernando Andrés Sabag Montiel, o brasileiro com nacionalidade argentina que atacou Cristina Kirchner com uma arma. — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Cristina afirma que há mandantes

Em sua denúncia, os representantes de Cristina exigiam que se investigasse a possível presença de autores intelectuais e financiadores do ataque --ou seja, mandantes. Ainda assim, eles vão participar como parte acusadora no julgamento, disse o advogado José Manuel Ubeira.

"Levar o caso a julgamento por partes é uma prática incorreta e prejudica a descoberta da verdade", disse Ubeira.

Ao saber da decisão da Justiça, Cristina Kirchner ressaltou que "todo inquérito se caracterizou por evitar que se descubra a verdade. Está repleto de testemunhas que apagaram [os dados de] seus telefones, provas que foram destruídas sem que suas causas e motivações fossem investigadas, e uma tentativa evidente e desesperada de evitar encontrar a possível participação de terceiros, financiadores e instigadores".

O ataque ocorreu em 1º de setembro de 2022, em frente à residência de Cristina Kirchner, quando um dos detidos, Fernando Sabag Montiel, armado com uma pistola, misturou-se a um grupo de simpatizantes, aproximou-se da vice-presidente e apertou várias vezes o gatilho, mas a arma não disparou. Naquele momento, um tribunal julgava a ex-presidente por um caso de corrupção.

Fonte: G1



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