Currículo no ChatGPT? Inteligência artificial muda processo de seleção


A inteligência artificial tem transformado diversos setores. Ferramentas como o ChatGPT, Bard e Bing têm sido utilizadas para realizar atividades simples do cotidiano e também outras mais elaboradas. No mercado de trabalho, elas podem ser implementadas para mudar processos de seleção.

Por um lado, quem busca oportunidades pode utilizar as plataformas de inteligência artificial para descrever com maior clareza, objetividade e precisão as capacidades, competências, experiências e objetivos.

Nesse sentido, usar o ChatGPT, por exemplo, para criar o currículo pode te ajudar a sair na frente dos concorrentes no processo de seleção. Mas, é preciso ter em mente que isso não garante que a vaga será sua, já que o recrutamento geralmente depende de outras fases.

Por outro lado, com a capacidade de analisar grandes volumes de dados de forma ágil e precisa, a inteligência artificial também podem ser utilizados pelos recrutadores e setores de recursos humanos para filtrar os currículos dos candidatos.

O CEO da startup Abler, que atua na otimização de processos seletivos, Alisson Souza, explica que a automatização da triagem de currículos, avaliação comportamental e técnica, e a identificação de candidatos com alto potencial possibilitadas pelas inteligências artificiais tornam a ferramenta quase que indispensável para os processos de recrutamento no futuro.

"O uso de inteligência artificial pode facilitar o dia a dia do recrutador, além de contribuir para a redução dos custos. As ferramentas podem lidar com uma quantidade enorme de currículos. Com todas essas informações em mãos, as inteligências artificiais podem realizar análises para entender qual é o candidato ideal para a vaga em questão”, pontua.

Outro ponto que as ferramentas de inteligência artificial pode ajudar é na automação de procedimentos repetitivos, como a criação de descrições para as vagas disponíveis.

Discute-se, nos últimos anos, a possibilidade de as tecnologias substituir a figura de diversas profissionais, inclusive do recrutador. Para Alisson, no entanto, não há riscos para a profissão.

“A inteligência artificial não está aqui para substituir a interface humana, mas apoiar. O ChatGPT pode auxiliar o recrutador a otimizar o seu tempo, ranqueando com mais facilidade os currículos que ele vai analisar e oferecendo um melhor entendimento de quais candidatos têm mais aderência às vagas disponíveis. Ainda assim, é papel do recrutador ler os currículos, entender a experiência dos candidatos, realizar uma entrevista estruturada e captar, de fato, se o perfil se encaixa ao da empresa”, finalizou.
Fonte: Folha Vitória


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