Você é uma pessoa empática? Sabia que se você voltar a sua atenção para essa habilidade poderá desenvolvê-la?
A empatia já está cientificamente comprovada como uma das características que contribui para o grau de inteligência emocional de uma pessoa, dentre as softs skills emocionais mais determinantes para uma pessoa possuir elevado QE (quociente emocional).
O norte-americano Daniel Goleman, graduado pela Universidade da Califórnia e PHD pela Universidade de Harvard que escreveu o best seller “Inteligência Emocional”, com mais de cinco milhões de exemplares esvendidos, apresenta um exercício simples que muito se parece com a técnica de Harry Palmer, criador da técnica e exercícios “Avatar”, difundido pela “Star Edge” em todo mundo, que se resume em você despertar a compaixão pelo outro.
O exercício consiste na seguinte reflexão:
Passo 1: Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo: “Assim como eu, esta pessoa também está buscando alguma felicidade para sua vida”.
Passo 2: Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo: “Assim como eu, esta pessoa está tentando evitar sofrimento em sua vida”.
Passo 3: Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo: “Assim como eu, esta pessoa têm conhecido tristeza, solidão e desespero”.
Passo 4: Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo: “Assim como eu, esta pessoa está buscando satisfazer suas necessidades”.
Passo 5: Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo: “Assim como eu, esta pessoa está aprendendo sobre a sua vida”.
Esse exercício, segundo especialistas é um aprendizado socioemocional, em essência, e ajuda a desenvolver competência emocional e social.
O modelo de Goleman que tem como base autoconsciência, autocontrole, empatia e habilidade social é o modelo usado na CASEL, mas adiciona algo importante, que é a tomada de decisão.
Para o professor essas lições geralmente melhoram a função pré-frontal, como controle cognitivo. Crianças melhoram a regulação emocional, o controle de impulso, a competência social e suas notas aumentam.
Precisamos incentivar esse tipo de reflexão em um mundo cada vez mais superficial e mais digital, onde as relações são virtuais e estamos cada vez mais distantes uns dos outros.
Esse avanço da tecnologia traz também desafios. Goleman conta que observou o aprendizado socioemocional em ação nas escolas, e segundo Goleman, atualmente, uma pessoa recebe, em média, cinco vezes mais informações do que há 20 ou 25 anos.
Para o cientista norte americano “um dos grandes colaboradores para esse cenário é o smartphone, que é considerado por Goleman o nosso melhor amigo e o pior inimigo. Ele pode ajudar em muitas coisas, mas é repleto de distrações. Dessa forma, a tecnologia está subvertendo, aos poucos, os padrões de atenção.”
Mas em meio ao caos, existe uma esperança: “o cérebro pode ser treinado”.
Podemos desenvolver atividades de treinamento do cérebro e desenvolver essas softs skills socioemocionais.
Então é preciso que tenhamos consciência da distração real que estamos vivenciando com as infinitas informações e meios e voltemos a atenção para o nosso crescimento pessoal.Se nos preocuparmos em desenvolvermos técnicas e adquirirmos conhecimento para esse crescimento, poderemos aproveitar as vantagens de vivermos com as tecnologias dos anos 2000.
Bora nos aprimorarmos? O conhecimento está em nossas mãos. O crescimento depende unicamente de nós.
Fonte: Folha Vitória