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O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohamed bin Zayed al-Nahyan (à esquerda), e o proprietário do Manchester City Sheikh Mansour bin Zayed al-Nahyan (à direita) na final da Liga dos Campeões Frank Fife / AFP |
O jogo deste sábado, em que o Manchester City conquistou um inédito título de Liga dos Campeões, foi apenas o segundo visto de perto pelo xeque Mansour bin Zayed al-Nahyan desde que o magnata dos Emirados Árabes Unidos comprou o clube britânico, em 2008. De lá para cá, para além da celebrada "Orelhuda", a equipe conquistou 15 títulos importantes — entre eles, sete da Premier League, sendo cinco nas últimas seis temporadas. Membro da realeza de Abu Dhabi, xeque Mansour, com hoje é conhecido globalmente, tem fortuna avaliada em US$ 30 bilhões (o equivalente a R$ 146 bilhões, na cotação atual).
Xeque Mansour é cabeça do Abu Dhabi United, também chamado City Football Group. A maior parte da fortuna dele vem da participação no governo dos Emirados Árabes Unidos, de onde foi nomeado vice-primeiro-ministro pelo irmão, o presidente xeque Mohamed, em março deste ano. Seu pai, Zayed bin Sultan al-Nahyan, foi um dos fundadores do país e governante do emirado mais próspero — Abu Dhabi detém mais de 90% do petróleo dos EAU — de 1971 até a morte, em 2004.
Além da indústria de óleo e gás, o portfólio do magnata também inclui investimentos em holdings do ramo imobiliário, de energia e de tecnologia. De acordo com a mídia local, xeque Mansour, de 53 anos, mostrou tino para os negócios desde jovem e foi fazer faculdade em Santa Barbara, nos Estados Unidos.
O magnata era desconhecido fora das fronteiras dos Emirados Árabes Unidos até 2008, quando o grupo do qual é proprietário adquiriu o Manchester City por mais de US$ 1 bilhão, sendo a "Forbes". Ele investiu outros R$ 8 bilhões para que o clube ascendesse a outro patamar do futebol internacional. A primeira medida quando assumiu foi a contratação do atacante brasileiro Robinho, estrela à época do Real Madrid, por cerca de R$ 288 milhões.
Com o passar os anos, a marca foi valorizada. Em 2023, o Manchester City superou o Real Madrid e se tornou o clube de futebol com maior valor de negócio — mais de 4 bilhões de euros (ou R$ 21 bilhões).
Além do City, o grupo de xeque Mansour também tem participações em outras equipes, como New York City, Melbourne City, Yokohama Marinos, Girona, Sichuan, Montevideo City Torque, Mumbai, Lommel, Troyes, Palermo, Bolívar e Vannes. Em dezembro, o grupo comprou 90% da SAF do Bahia, num acordo válido por pelo menos 90 anos, se comprometendo a aportar R$ 1 bilhão em contratação de jogadores, pagamento de dívidas e investimentos em infraestrutura.
Fora do futebol, segundo o "Middle East Beat", xeque Mansour também investiu em companhias internacionais como Virgin Galactic, Daimler AG e o banco Barclays.
O magnata já foi ministro de Assuntos da Presidência dos Emirados e conselheiro da Companhia Internacional de Investimentos em Petróleo de Abu Dhabi. A fortuna pessoal de toda a família é estimada em US$ 150 bilhões (mais de R$ 730 bilhões), alavancada sobretudo a partir dos anos 1970.
Xeque Mansour não é o único magnata dos Emirados, mas é dos poucos a investir em nome próprio. Ele também é conhecido pela filantropia, com a fundação Zayed bin Sultan Al Nahyan, que atua nas áreas de saúde, educação e auxílio em desastres globais.
Fonte: O Globo