5 motivos para NÃO usar o ChatGPT


Chatbot trabalha com uma base de dados desatualizada, e ainda pode reproduzir fake news ou preconceitos nas respostas; entenda

(Imagem: Daniel Chetroni / Shutterstock)

Tudo sobre ChatGPT

O ChatGPT foi o principal responsável por aumentar consideravelmente as discussões sobre inteligência artificial nos últimos meses. Embora a plataforma ofereça diferentes formas de pesquisa que podem auxiliar os usuários, ela também resguarda algumas características que desencorajam determinados internautas a utilizá-la. A seguir, confira cinco motivos para não utilizar o ChatGPT.


1. Potencial fonte de desinformação

Imagem: Ascannio / Shutterstock.com

Se você utiliza o ChatGPT há muito tempo, então já deve ter percebido que o robô compartilha informações como sendo verdadeiras, embora nem sempre sejam. Isso acontece porque ele foi programado para deter uma resposta para a maior parte das perguntas, mas o seu código ainda não conta com uma atualização que impeça o chatbot de inventar dados, depoimentos, estatísticas, pesquisas e muito mais.

Há, também, outro problema: ausência de filtragem para fake news. Isso significa que se um artigo da internet tiver muita audiência e engajamento, o ChatGPT pode considerá-lo verdadeiro e utilizar as informações contidas nele para responder aos comandos do usuário –– o que é um problema, porque nem todas as matérias mais acessadas da internet detém dados verídicos.


2. As respostas geradas não levam o contexto em consideração

A linguagem humana nem sempre oferece uma forma precisa de comunicação, pois nós sempre atrelamos diferentes contextos a palavras, frases, situações, artes, etc. Ou seja, é possível, por exemplo, atrelar um significado irônico ou sarcástico a uma expressão, o que a faz ter mais de uma forma de entendimento. Então, enquanto os humanos podem rastrear e entender os diferentes contextos anexados nestas frases, o ChatGPT não consegue acompanhar.

Isso é um problema porque se o ChatGPT interpretar o comando do usuário de forma muito diferente, a resposta para este comando estará incorreta –– justamente pela impossibilidade de a inteligência artificial não levar o contexto em consideração. Desta forma, a informação dada pelo chatbot pode estar errada e comprometer o processo de entendimento do usuário.


3. O banco de dados está desatualizado
Reprodução: Wagner Edwards/Olhar Digital

Se você entrar na plataforma do ChatGPT e questioná-lo sobre a data da última atualização de seu banco de dados, será surpreendido pela seguinte resposta: setembro de 2021. Ou seja, o chatbot pode não responder perguntas ou comandos cujas informações pertençam a períodos atuais na versão gratuita. Então, se você perguntar coisas simples, como a hora atual na cidade de São Paulo, ele não saberá informar –– o mesmo vale para informações mais relevantes, como questionar quais protestos aconteceram em Paris em 2023. Mesmo na versão Web, que navega na internet para responder suas perguntas, não é possível garantir totalmente a veracidade das informações.


4. Pode reproduzir preconceitos

Considerando que o ChatGPT foi desenvolvido por seres humanos e que é muito comum que as pessoas sejam preconceituosas, o banco de dados do chatbot pode conter informações carregadas de estigmas e estereótipos sobre diferentes camadas da sociedade internacional. Além disso, as informações foram captadas por textos presentes na internet, que refletem a linguagem (preconceituosa ou não) utilizada por pessoas ao redor do mundo –– o que é um problema, porque o chatbot não tem um filtro que impeça a absorção e compartilhamento de falas preconceituosas.


5. Não cria conteúdo, apenas o reproduz

Imagem: Popel Arseniy/Shutterstock

O fato de o ChatGPT não conseguir criar novos conteúdos significa que o robô não pode se adaptar a novas situações, atualizar mais facilmente o seu banco de dados, aprimorar as suas respostas ou lidar com perguntas aquém de sua base de dados –– fatos que denotam as limitações da inteligência artificial para resolver problemas complexos, contribuir com a visão de novos insights e propagar muita rigidez em suas respostas.

Fonte: Olhar Digital



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