Confusão na saída de escola termina com adolescente ferido e homem detido


Caso aconteceu no bairro Ilha de Santa Maria, em Vitória e segundo a família do menino de 12 anos, ele teria sido agredido com chutes e até "paulada"

Foto: Reprodução/TV Vitória

Um menino de 12 anos, já não quer mais ir à escola e nem sair de casa. O motivo, uma confusão que aconteceu na saída de uma escola municipal no fim da tarde da quarta-feira (12), no bairro Ilha de Santa Maria, em Vitória.

Segundo vizinhos que conversaram com a equipe de reportagem, todos os dias os estudantes, crianças e adolescentes, têm o costume de baterem muito forte nos portões das residências e saírem correndo. Sempre passando por uma mesma rua para irem embora.

Ainda de acordo com as pessoas ouvidas no local, às vezes, tocam as campainhas e até mesmo jogam pedras gerando bastante descontentamento na região.

Porém, nesta quarta, a suposta 'pegadinha' pregada pelos alunos terminou em violência. Isso, segundo a família do menino de 12 anos. No corpo, ficaram as marcas das agressões que ele sofreu. O pai da vítima, que não quis ser identificado, disse que além das escoriações, o filho está traumatizado e não quer mais sair de casa e nem ir para a escola.

A família da vítima contou que o menino seguia logo atrás de uma turma que passava pela rua supostamente importunando a vizinhança. Foi quando um morador, irritado com a situação, teria segurado a criança e começado a agredi-la, de acordo com o pai, aplicando um golpe chamado "mata-leão" e depois desferindo chutes.

Na versão contada pelo pai do adolescente, o suposto agressor ainda teria socorrido ele e o levado até a porta da escola que acionou o botão do pânico em seguida.


Família do suposto agressor afirma que não houve violência

Procurado no endereço onde reside, o suposto agressor não estava em casa, mas o filho dele atendeu a reportagem. Na versão da família do homem que tem quase 50 anos de idade, ele estaria bastante aborrecido com as constantes importunações.

Ao ver um dos meninos fazendo bagunça na frente da casa de uma vizinha, saiu de casa, o segurou pelas mãos e o levou de volta para a escola. A família afirma que não houve agressão. Alguns vizinhos confirmaram essa mesma versão. Contaram, inclusive, que esse mesmo homem já teria ido inúmeras vezes na instituição de ensino e conversado com a direção em busca de resolver o problema.

Para o pai do menino, mesmo que o filho tivesse feito algo parecido, nada justifica o uso da violência.

O que diz a secretaria municipal de Educação

Procurada, a responsável pela escola pediu para que um segurança avisasse que o procedimento seria procurar a secretaria de Educação de Vitória. Por meio de nota, a Sede lamentou o que aconteceu.

Informou que um senhor foi ao local dizendo morar perto da unidade de ensino e relatou que alguns estudantes passam pela casa dele jogando pedras. A Guarda Municipal chegou a ser acionada para apurar o caso, mas não foi registrada ocorrência.

Além disso, alega que a diretora da unidade vem atuando no sentido de dialogar com esse morador e evitar outros episódios e se colocou à disposição para ajudar no caso.

O pai do adolescente contou que o filho já passou pelo exame de corpo de delito no DML de Vitória e agora, aguarda que algo seja feito pela Justiça.

Já o suposto agressor foi levado para o DPJ da Capital. Parentes afirmam que ele foi ouvido, liberado para retornar para casa e nesta quinta-feira (13), pela manhã, retornado ao trabalho.

De acordo com a Polícia Civil, o homem foi conduzido à Delegacia Regional de Vitória, assinou um termo circunstanciado (TC) por lesão corporal e foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo.

Fonte: Folha Vitória 




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