O Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que não só o Espírito Santo passou por um crescimento no mercado de armas. A tendência foi nacional
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Entre os anos de 2017 e 2022, o número de registros de arma de fogo no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, cresceu quase 270% no Espírito Santo. Os dados foram estão presentes no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023.
O documento, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira (20), mostra que o crescimento ocorreu ano após ano de maneira contínua, saindo de pouco mais de 14 mil registros ativos em 2017 e passando para quase 52 mil em 2022.
Tal variação mostra que o registro de armas em território capixaba apresentou um crescimento de 269,6%.
• 2017: 14.044
• 2019: 21.268
• 2020: 29.227
• 2021: 41.106
• 2022: 51.908
Dados do anuário ainda apontam que não só o Espírito Santo passou por um crescimento no mercado de armas. A tendência foi nacional.
Em todo o Brasil, no ano de 2022, o Exército Brasileiro identificou 783.385 Certificados de Registro (CR) ativos para as atividades de Caçador, Atirador Esportivo e Colecionador (CAC), o que corresponde ao total de CAC ativos no Brasil.
Entre 2018 e 2022, foi observado um crescimento de 665.918 certificados concedidos/ativados no período, visto que em 2018, haviam 117.467 CRs ativos, contra 63.137 em 2017.
Dado positivo para o Estado
Entre os dados presentes no anuário e que são considerados positivos pelo Governo do Espírito Santo está o fato de nenhum município capixaba estar no ranking das 50 cidades mais violentas do país.
Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (20), o governo repercutiu os números do documento.
Para o secretário de Estado da Segurança, coronel Alexandre Ramalho, o resultado de 2023 é tido como "fantástico", considerando cenários passados.
"O retrato do anuário apresentado hoje não coloca os municípios do Espírito Santo entre os 50 mais violentos. Esse é um dado fantástico, porque se pegarmos um passado próximo, havia municípios nossos que eram considerados mais violentos. Tinha cidade que registrava uma taxa de 50 homicídios por mês", afirmou Ramalho.
Fonte: Folha Vitória