Funcionamento das empresas que ficam em Vitória e Vila Velha foi interrompido de forma cautelar durante ação contra publicidade enganosa
Foto: Divulgação/ Procon-ES |
As duas empresas foram fechadas de forma cautelar em Vitória e Vila Velha durante a Operação Consórcio Fake, contra publicidade enganosa, realizada no início da semana têm 20 dias corridos para apresentar defesa escrita e as provas para liberação do funcionamento.
Segundo o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), caso não sejam cumpridas as determinações do órgão, as empresas, que não tiveram o nome divulgado, estarão sujeitas a medidas administrativas.
A operação que resultou na suspensão do fornecimento dos serviços foi realizada na segunda-feira (24) em conjunto com a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
A ação é fruto de uma investigação que iniciou há algumas semanas. Segundo o Procon-ES, para atrair o consumidor, as empresas anunciavam no mercado virtual, também denominadas marketplaces, a venda de casas, terrenos e veículos por um preço atrativo. No entanto, ao chegar no local, o consumidor era surpreendido com a informação de que o bem não estava mais disponível para a venda.
As empresas, ainda segundo o órgão de defesa do consumidor, ofereciam a venda de uma carta de crédito com o argumento de que os clientes seriam contemplados em breve.
Ao procurar o Procon-ES para registrar a reclamação, devido a não concretização do acordo, os consumidores descobriam se tratar da contratação de um consórcio.
“Chamou atenção o volume de reclamações dos consumidores com o mesmo problema e que subsidiaram a investigação que estava em curso na Delegacia do Consumidor. Não dá para mensurar o número de consumidores atingidos. De acordo com a investigação, esses bens nunca existiram. Serviam apenas de chamariz para a venda de consórcio”, ressaltou Letícia Coelho Nogueira, diretora-presidente do Procon-ES.
O diretor de fiscalização do Procon-ES, Álvaro Araujo Valentim, contou que o órgão interditou as empresas como medida cautelar, para impedir que mais consumidores sejam vítimas da fraude.
“No momento da operação, uma empresa foi pega em flagrante vendendo o consórcio e usando de informações falsas que induziam o consumidor a erro”, disse.
Fonte: Folha Vitória