Material estava escondido no fundo falso do baú de um mini caminhão abordado em campos; do Rio a droga iria para Itajaí (SC) até ser despachada ao continente europeu
Uma apreensão chamou a atenção até mesmo das forças de segurança: 320 quilos de cloridrato de cocaína foram apreendidos em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, na manhã da terça-feira (18). O fato curioso é que, pela primeira vez, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a droga saiu de Vitória para a capital fluminense — normalmente o trajeto é inverso. O suspeito que levava o material afirmou que o destino dos entorpecentes seria a Europa.
Tudo começou após uma denúncia anônima informar que um mini caminhão branco estaria levando um grande carregamento de drogas do Espírito Santo para o Rio de Janeiro. Com isso, as PRFs capixaba e fluminense começaram a monitorar o fluxo nas vias para encontrar o veículo.
No final manhã, a equipe designada para policiamento próximo ao distrito de Morro do Coco, em Campos dos Goytacazes, viu o automóvel com as características da denúncia e fez a abordagem.
O condutor, de 25 anos, inicialmente mostrou um veículo vazio, mas entrou em contradição ao dizer qual seria motivo da ida ao Rio de Janeiro. Os policiais fizeram a vistoria e localizaram um fundo falso no baú, onde a droga estava escondida. O nome do suspeito não foi divulgado.
Foram localizados 221 tabletes da substância conhecida como cloridrato de cocaína que, após pesagem, totalizaram 320 quilos.
Destino: Europa
Segundo informações do condutor, o veículo foi adaptado e recebeu a droga em Vitória, de onde seguia para entrega em um posto de combustível no Rio de Janeiro. De lá, o material seguiria para o Porto de Itajaí, em Santa Catarina, de onde seria despachado para um país europeu.
A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Civil de Campos do Goytacazes.
Agora, de acordo com a PRF, uma investigação será instaurada, já que uma nova rota foi descoberta. Segundo a corporação, a droga chegou no Espírito Santo possivelmente por rota marítima para realizar um percurso até então não conhecido, do ES para RJ, quando o comum é o caminho contrário.
Fonte: A gazeta