Condenada pela morte de músico norte-americano, mulher é presa 17 anos após o crime

Caso teve repercussão nacional e foi mostrado no programa Linha Direta, da TV Globo. Mulher foi presa na região central da cidade, durante um patrulhamento da Polícia pelo local.

Mulher foi detida na madrugada deste sábado (5) — Foto: Divulgação/Baep

A esteticista Regina Filomena Rachid, condenada pela morte do músico norte-americano, Raymond James Merril, foi presa na madrugada deste sábado (5), em São José dos Campos (SP).

De acordo com o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), que foi quem fez a prisão, uma equipe realizava um patrulhamento pela região central da cidade, quando se deparou com a mulher na Avenida Nelson D’Ávila.

Após a identificação da mulher, os policiais a prenderam em flagrante. Ela estava com um mandado de prisão em aberto desde março deste ano após ser condenada pela morte, ocultação de cadáver e roubo ao músico norte-americano.

Regina foi levada à delegacia, onde permaneceu até às 09h30 deste sábado. De lá, ela foi levada ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caçapava.

Regina Rachid, detida na manhã deste sábado (5) — Foto: Peterson Grecco/TV Vanguarda

O caso

O músico veio ao Brasil em 2006 para um encontro com Regina Rachid após conhecê-la pela internet. Ele foi morto por enforcamento e o corpo dele foi encontrado queimado em uma estrada em Caçapava. O caso ganhou repercussão nacional após ser exibido no programa Linha Direta, da TV Globo.

Musico norte-americano foi morto no Vale do Paraíba em 2006 — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a investigação, a vítima foi mantida em cárcere, dopada com remédios por cinco dias, enquanto teve a conta bancária esvaziada. O roubo, segundo a denúncia, foi de mais de US$ 100 mil.

Condenação

Regina foi condenada a 30 anos de prisão em dezembro de 2021. Além dela, outras duas pessoas foram a júri popular: Nelson Siqueira Naves e Evandro Celso Augusto Ribeiro.

Nelson, que era companheiro de Regina à época, chegou a ser preso pelo crime, mas foi inocentado. Já Evandro foi condenado a três anos de prisão por ocultação de cadáver, mas como o crime estava prescrito -- ou seja, excedido o limite para que a pessoa responda por ele -- , ele não precisou cumprir a pena.

Quase três meses depois da condenação, em fevereiro de 2022, a Justiça autorizou que Regina recorresse em liberdade. À época, a defesa dela, feita por cinco advogados, alegou que o juiz 'exagerou na aplicação da pena' e 'indevidamente, decretou a prisão preventiva dela'.

Ela estava em liberdade desde 2012, após ser beneficiada por um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Fonte: G1

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