Imran Khan teria vendido os itens recebidos por um valor que pode chegar a R$ 3 milhões. Ainda cabe recurso.
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O ex-premiê do Paquiestão Imran Khan durante uma entrevista em Lahore, no Paquistão, em novembro de 2022. — Foto: K.M. Chaudhry/ AP |
O ex-primeiro ministro do Paquistão Imran Khan foi preso neste sábado (5) por não ter declarado corretamente os presentes que ganhou quando era chefe de governo. Ele foi condenado a três anos de cadeia.
Khan teria vendido os itens recebidos por um valor que pode chegar a R$ 3 milhões.
Especialistas afirmam que a decisão pode eliminar das próximas eleições o maior rival do atual primeiro-ministro do país, Shehbaz Sharif.
Segundo o advogado de Khan, Intezar Panjotha, o ex-primeiro-ministro foi preso em casa, em Lahore, a 295 quilômetros da capital do país, Islamabade. "Estamos com uma petição contra a decisão nas cortes superiores", acrescentou.
O partido de Khan, Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), disse, em comunicado, que também já entrou com um recurso na Suprema Corte paquistanesa neste sábado.
De acordo com o chefe da polícia de Lahore, Bilal Siddique Kamiana, o político será transferido à capital.
Julgamento havia sido suspenso
A condenação veio apenas um dia após a alta corte do Paquistão suspender temporariamente o julgamento do tribunal distrital.
Ainda não se sabe por que o processo foi retomado. Segundo a ministra de Informação e Difusão, a prisão de Khan se deu após uma investigação completa e procedimentos legais adequados em tribunal.
Ela afirmou que a prisão do ex-primeiro-ministro não tem relação com as eleições que se aproximam.
Fonte: G1