Ideia do governo é evitar politização das forças e preservar os valores da hierarquia e da disciplina.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, se reuniu nesta quarta-feira (30) com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e com parlamentares para discutir a proposta que proíbe militares de disputarem eleições na ativa.
Atualmente, segundo a Defesa, o militar pode se candidatar desde que se licencie. Se for eleito, assume o mandato. Se não for eleito, volta à ativa.
A ideia do governo Lula é que o militar que quiser disputar eleição vá para a reserva automaticamente. No entanto, o texto não impediria que um militar da ativa assumisse um ministério.
A discussão sobre a PEC vem na esteira do fato de que diversos militares alinhados politicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro terem se candidatado no ano passado, como o então general Eduardo Pazuello.
Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ainda não há previsão de quando a PEC será votada. Wagner foi ministro da Defesa no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio mínimo de três quintos dos parlamentares (49 dos 81 senadores e 308 dos 513 deputados), em dois turnos de votação na Câmara e em mais dois turnos no Senado.
Ao chegar para o encontro na Defesa, Jaques Wagner disse que a PEC “preserva” os valores militares de hierarquia e disciplina.
“Quando alguém faz candidatura, evidentemente que como candidato vai apresentar seus pontos de vista, vai se posicionar politicamente, vai falar bem ou mal disso ou daquilo, inclusive da organização das Forças dentro de um governo”, afirmou o líder do governo.
Fonte: g1