Discussão resultou em agressões físicas e uma pessoa baleada. Disparo foi feito pela mulher de um policial civil, que passa a arma para a esposa. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio.
Uma briga num condomínio em Manaus resultou em agressões físicas e uma pessoa baleada.
O disparo foi feito pela mulher de um policial civil - que passa a arma para a esposa. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio.
“Bate a cabeça dela! Na cabeça dela... Bate. Quebra a cara dela”, é possível ouvir no vídeo.
De pé, usando camiseta preta e bermuda vermelha, o investigador Raimundo Nonato Machado dá ordens para a esposa, Jussara, espancar a babá Claudia Gonzaga de Lima. E segue incentivando as agressões.
No chão, Claudia recebe socos. Consegue se levantar e pede ajuda. “Ninguém ajuda”, se ouve.
As agressões ocorreram, nesta sexta-feira (18), no estacionamento do condomínio de um bairro de classe média de Manaus.
As câmeras do prédio mostram quando o advogado Ygor Colares aparece para tentar salvar a babá, que trabalha para ele. Ygor leva um soco do policial Raimundo. Os dois começam a brigar.
A mulher do investigador recebe dele e passa a ameaçar quem se aproxima da briga.Ela ainda dá uma coronhada na cabeça da babá. Quando o advogado é jogado no chão, Jussara atira e acerta a perna dele.
Ygor foge e é perseguido pelo policial, que ainda acerta um soco nele. A discussão continua até a chegada da polícia.
Jussara Oliveira Machado foi presa em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça. Raimundo Nonato Machado assinou um termo de declarações e foi liberado. O Ministério Público quer saber da Polícia Civil por que o policial também não foi preso.
A Promotoria argumenta que Raimundo foi quem deu a arma usada pela esposa para atirar no advogado.
Na tarde deste sábado (19), durante audiência de custódia, a justiça decretou a prisão preventiva de Jussara. Representantes da OAB/AM informaram que também vão cobrar providências das autoridades em relação ao policial.
“Nós da OAB e também vamos acompanhar porque não chegou nada para a Justiça. Foi como nada tivesse acontecido. A sociedade não pode permitir isso”, disse Jean Cleuter Mendonça, presidente da OAB/AM.
Depois das agressões, o advogado ainda não voltou para o condomínio onde mora.
“Eu senti muito medo. Uma arma apontada para você sem saber do que aquela pessoa é capaz de fazer, e aquela estava engatilhada para atirar tanto que houve o disparo. Então ela estava pronta para atirar mesmo. Não era só uma mera intimidação. Ela também utilizou a arma para dar uma coronhada na cabeça da Cláudia”, afirmou o advogado Ygor Colares.
Segundo ele, a babá está casa, em repouso:
"Muitas agressões, várias partes assim roxas no rosto, inchadas aqui também e muito abalada psicologicamente por conta disso”.
Fonte: g1