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As famílias dos três adolescentes que foram mortos em Sooretama, no Norte do Espírito Santo, estiveram no Departamento Médico Legal, em Vitória, na manhã deste sábado (02) para liberar os corpos.
Os corpos de Kauan Correia, Carlos Henrique Nascimento e Wellington Gomes Simon foram encontrados nesta sexta-feira (1º) em uma uma plantação de eucaliptos. Eles estavam desaparecidos desde 18 de agosto.
Carlos Henrique tinha apenas 15 anos. O pai do adolescente, Milton Trajano, contou emocionado sobre o sofrimento enfrentado pela família nas últimas duas semanas.
"Nós esperávamos encontrar ele vivo. Esperamos tanto para encontrar esse menino vivo, mas a notícia foi essa, que encontrou ele morto. Estávamos sofrendo, não sabíamos mais o que fazer. Procurávamos e nada. Estamos sofrendo demais", disse emocionado.
Para o pai de Kauan, Marcelo Correia, o período em que ficou sem notícias do filho foi de muito sofrimento. À equipe da TV Vitória/Record TV, ele relatou a angustia da família.
"A gente estava naquela angustia de não saber o que tinha acontecido, se estavam vivos, se estavam mortos, onde estavam. Fica aquele vazio, dói demais. É difícil de explicar", relatou.
O irmão de Wellington Gomes Simon falou sobre o misto de sentimentos, da angustia de não saber o paradeiro do irmão ao aliviado por ter encontrado o corpo e poder se despedir do jovem.
"Tem automaticamente o alívio de saber onde está, mas até aquele momento que recebemos a notícia, tinha a esperança. Meu pai e minha mãe ficaram em casa. Estão bem abalados", disse.
Família enfrenta dificuldade para liberar os corpos
As famílias querem liberar os três corpos neste sábado (02) para que eles sejam velados e sepultados juntos, já que eles eram próximos. No entanto, burocracias podem impedir que esses planos se cumpram.
A Polícia Civil informou apenas um dos adolescentes tinha Carteira de Identidade. De acordo com a corporação, se as amostras de digital coletadas forem suficientes e compatível com o RG, ele deve ser liberado ainda neste sábado (02).
Já os outros, como ocorrem em casos em que não é possível realizar a identificação por meio de digitais, o Departamento Médico Legal deve utilizar outros meios de identificação, como análise de arcada dentária ou DNA, o que pode demorar mais.
Fonte: TV Vitória/Record TV