Ramon Ferrari foi campeão da conferência do Campeonato Universitário, defendendo quatro cobranças na disputa de pênaltis na final
Ramon Ferrari foi eleito o jogador defensivo do ano . (Instagram @ramonferrari03/Reprodução)
Ser jogador de futebol ainda é o sonho de grande parte dos meninos do Brasil. Muitos jovens estão dispostos inclusive a sair do país para ir em busca desse sonho. É o caso do goleiro Ramon Ferrari, de Nova Venécia, Região Noroeste do Espírito Santo. Ele fez as categorias de base no Estado, se profissionalizou e atuou pelo Nova Venécia, mas decidiu mudar de ares e hoje atua nos Estados Unidos, onde disputa o Campeonato Universitário pela Universidade da Virgínia Ocidental.
O arqueiro vem tendo destaque na América do Norte. Recentemente foi campeão da conferência da competição, foi eleito o jogador defensivo do ano e esteve na seleção de melhores do campeonato. Ramon foi crucial para a conquista, pois defendeu quatro cobranças na disputa de pênaltis na decisão.
"A sensação é de que estamos no caminho certo, né? É gratificante quando você trabalha e vê os frutos sendo colhidos, é meu primeiro semestre aqui e alcançar essas marcas é muito importante, e para faculdade também foi importante. E não só pelo título, também por realizar um sonho, por estar estudando aqui, foi uma conquista muito importante", afirma Ramon, sobre ter sido campeão da conferência.
O jovem goleiro está apenas no seu primeiro semestre nos Estados Unidos. Antes ele havia jogado profissionalmente em um clube capixaba: o Nova Venécia. "Fui me destacando na base e rodando por times do Espírito Santo, joguei no Linhares, Porto Vitória, até que aos meus 17 anos me chamaram para fazer parte do projeto do Nova Venécia, onde estreei como profissional, joguei cinco jogos e fui reserva em outras partidas", contou.
Mudança para os Estados Unidos
Ramon defendeu quatro pênaltis na final. (Instagram @ramonferrari03/Reprodução)
Ramon estava seguindo o caminho natural da carreira de um jogador de futebol. Se destacou na base, estava tendo suas oportunidades no profissional, mas decidiu mudar os rumos da sua vida. Conversou com a família e decidiu ir para os Estados Unidos para jogar e estudar.
"De uns anos para cá, eu e meus pais, que sempre me incentivaram, começamos a estudar as oportunidades para vir para os Estados Unidos porque o estudo sempre ocupou o mesmo lugar na balança que o futebol. Sentei com meus pais, que são minhas referências, e eles acharam boa a ideia, aí comecei a preparação para vir para cá", afirmou o jogador, que foi enviado para o país pela Overtime Academy.
Ramon Alves, Coordenador da OVT, exaltou as conquistas do goleiro. "É sensacional. Um atleta que nos buscou para um encaminhamento, que tinha uma certa vivência de alto rendimento no Nova Venécia, mas optou por buscar uma bolsa em uma grande universidade nos Estados Unidos. Fomos buscando o melhor cenário para o desenvolvimento do Ramon e ver ele tendo esse destaque já no primeiro ano, conquistando títulos individuais e coletivos, nos enche de gratidão pelo trabalho que tem sido feito", afirmou.
Ramon Ferrari em ação pelo Nova Venécia. (Instagram @ramonferrari03/Reprodução)
Adaptação e futuro no futebol
O jogador capixaba está apenas no seu primeiro semestre do curso de administração de empresas. Ele conta que mora na universidade e que teve algumas dificuldades de adaptação no início. "No começo a gente estranha tudo, é muito diferente, mas com o tempo a gente vai tendo aulas, fazendo amigos, resolvendo os problemas, mantendo a nossa rotina, acaba que vira uma coisa natural depois de um tempo, então posso dizer que hoje to mais adaptado do que quando eu cheguei", contou.
O principal sonho da vida de Ramon é se tornar jogador profissional nos Estados Unidos, mas ele não fecha as portas para outras oportunidades. "Venho sonhando desde criança em ser jogador profissional, e o sonho vai ser sempre esse: ser jogador profissional aqui nos Estados Unidos. Mas é claro que se surgir uma oportunidade de emprego, que vai enriquecer meu currículo, eu vou explorar essa possibilidade".
Perguntado sobre voltar ao Brasil para jogar futebol, o atleta foi enfático. "Com certeza (tenho vontade de voltar), só falta a oportunidade chegar, o que for para ser, será. Se surgir a oportunidade de jogar aí (no Brasil) ou em outro pais, eu não descarto.", afirmou.
Fonte: A Gazeta