Mulher finge pedir açaí para chamar a polícia e denuncia agressão do marido

A técnica de enfermagem de 42 anos foi agredida verbalmente e levou um soco na cabeça. O marido do casal, de 11 anos, tentou defender a mãe.

Técnica de enfermagem ficou com marcas no braço após ser agredida pelo marido — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Uma mulher simulou um pedido de açaí para ligar para a polícia após ser agredida pelo marido. O caso aconteceu na quinta-feira (16) no bairro Residencial Coqueiral, em Vila Velha, na Grande Vitória. O homem foi preso.

A técnica de enfermagem de 42 anos contou que estava em casa, após chegar do trabalho, com o filho de 11 anos. Logo depois, o marido, um vendedor de 50 anos, chegou embriagado e começou a xingá-la.

"Cheguei do trabalho, fui fazer as minhas coisas de casa. Ele não estava. Quando ele chegou, embriagado, completamente transtornado, começou a me agredir verbalmente. Meu filho estava presente. Comecei a ficar nervosa, até que não aguentei e comecei a retrucar. Começou uma discussão, foi quando ele veio pra cima de mim e me deu um soco na cabeça", lembrou.

O filho ainda tentou defender a mãe. Foi quando o homem, que também é pai do menino, ameaçou os dois com uma faca. Em uma luta corporal, mãe e filho conseguiram tirar a faca das mãos do pai.

Depois de desarmar o agressor, a mulher ligou para a polícia e fingiu pedir um açaí.

"Eu disse: 'gostaria de pedir um açaí'. A policial se ligou. Pediu endereço, perguntou se eu estava sofrendo agressão. Respondi: 'sim'."

A faca que o homem usou para ameaçar a esposa e o filho — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O marido chegou a pedir perdão e tentou justificar a agressão, dizendo que estava com problemas no trabalho. Depois, disse que ia comprar cigarros. Porém, pouco tempo depois, os policiais chegaram à casa da família.

A mulher contou que já tinha se separado do marido uma vez, por causa de agressões verbais. Diz que se arrepende de ter perdoado.

"Me arrependo. Depois que voltamos, durante um tempo ele realmente parecia outra pessoa. Mas depois parece que foi retornando aos poucos. Não muda, gente. Não acredita, porque não muda".