Investimento diversificado começou há dois anos e meio. Hoje, a família Gilles tem oito mil pés de morango da variedade monterey, cujas mudas vêm da Espanha.
Morangos produzidos pela família Gilles em Marechal Floriano — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
O cultivo é pelo sistema semi-hidropônico, onde as mudas são plantadas no slab, um saco específico para esse cultivo. Esse saco é cheio de material orgânico e a irrigação acontece por gotejamento. A água que vai para as plantas é enriquecida com nutrientes. Além disso, toda a plantação é coberta com uma lona específica para a plantação de morango.
A idealizadora do projeto, a produtora rural Tatiane Gilles, explica que o sistema permite o cultivo durante todo o ano, até mesmo fora da época de maior produção. Na alta safra, entre agosto e maio, eles colhem mais de 600 quilos de morangos por mês.
Morangos são produzidos no sistema semi-hidropônico — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
"Resolvemos investir no sistema semi-hidropônico porque produzimos o ano todo. Porém, de maio a julho, na época mais fria, temos uma redução de até 50% da nossa colheita. Mas de agoso a janeiro, temos uma alta safra. Produzimos o ano inteiro", apontou a produtora.
Além disso, Tatiane escolheu o morango semi-hidropônico porque os pais dela também trabalham na produção. Como a plantação é elevada, exige menos esforço físico dos agricultores.
Família trabalha junta na produção dos morangos — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
"Sempre quisemos investir em frutas aqui no sítio. Começamos com a plantação de uva e, há dois anos, resolvemos trazer o morango. Os primeiros testes foram difíceis, mas depois deu certo. Como o meu pai e a minha mãe também trabalham na plantação, é uma modalidade que até os mais idosos conseguem trabalhar. O sistema mais antigo, plantado no chão, é muito cansativo. Nesse aqui, a gente consegue trabalhar melhor", explicou Tatiane.
Bento, filho de Tatiane, prova os morangos direto do pé — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
A modalidade foi aprovada pela matriarca da família, Lídia Gilles. "Primeiro, começamos com o frango, depois tomate, café, feijão, milho, hortaliças. Trabalhamos sempre com uma renda muito boa. Agora, começamos com o morango e achamos que é uma boa oportunidade. Claramente, está sendo. E é uma boa cultura para trabalhar".
Morangos maiores e mais bonitos são vendidos para mercados e em uma tenda da família na BR-262 — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Depois de 30 dias da plantação das mudas, nascem as primeiras flores. Em mais 20 dias, aparecem os primeiros frutos.
Os frutos maiores e mais bonitos são colocados em bandejas e vendidos na barraquinha da família, às margens da BR-262. A menor, custa R$ 5 e a maior R$ 20. Também são distribuídos entre uma rede de supermercados.
Frutas mais bonitas vão para a venda na barraquinha da família, na BR-262 — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Os morangos menores, que têm menor valor de mercado, ganham outro destino. É uma cozinha com fogão à lenha, que foi montada na propriedade exclusivamente para fazer as geleias. Tatiane se especializou nisso para produzir as geleias perfeitas.
A família produz seis sabores: morango, morango fit sem açúcar, morango com pimenta, morango com limão siciliano, morango com manjericão e morango com lavanda. Os postes custam, em média, R$ 25 e são produzidos sob demanda.
Família produz geleias com os morangos menores, que têm valor de mercado mais baixo — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
"Fabricamos conforme as vendas. Por ser natural, o produto tem um prazo de validade curto. As nossas vendas são pelas redes sociais, diretamente aqui no sítio e também em eventos, que a gente participa e que têm maior demanda", disse Tatiane. Cheesecake, torta e cuca de morango também são algumas das delícias produzidas pela família.
Plantação de morangos da família Gilles, em Marechal Floriano — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Fonte: G1