Robson Cândido está preso desde início de novembro. Desta vez, delegado foi denunciado por uso indevido da máquina pública
Nesta segunda-feira (27), o Ministério Público apresentou uma nova denúncia contra o ex-delegado-chefe da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido. Desta vez, ele foi denunciado por uso indevido da máquina pública.
O delegado está preso desde o início de novembro, investigado por ameaças contra a ex-amante. A denúncia também foi feita contra o ex-delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, Thiago Peralva.
De acordo com os promotores, os dois usaram o Sistema Vigia, da PCDF, e o banco de dados do Detran para saber a localização do carro da vítima.
Robson Cândido já é réu em uma ação que investiga 7 crimes:
- Stalking (perseguição);
- Violência psicológica;
- Descumprimento de medida protetiva de urgência (ele estava obrigado, pela Justiça, a ficar longe da ex-amante);
- Peculato;
- Participação em corrupção passiva;
- Participação em interceptação telemática ilegal e violação de sigilo funcional.
Já o delegado Thiago Peralva — que foi afastado da função de delegado e está usando tornozeleira eletrônica — responde na Justiça por 3 crimes:
- Participação em stalking;
- Corrupção passiva
- Interceptação telemática ilegal.
A denúncia foi feita em conjunto pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do MPDFT.
Pedido de revogação de prisão
Também nesta segunda, a Justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Robson Cândido, conforme pedido feito pela defesa do ex-delegado-chefe.
No entanto, para o juiz, "é evidente que possui influência perante os servidores da instituição policial desta unidade federativa". O magistrado aponta ainda que, apesar de não ter sido denunciado caso de violência física, outros tipos de violência foram apresentados.
Já a defesa de Thiago Peralva pediu a revogação do uso da tornozeleira eletrônica pelo delegado. O pedido foi aceito parcialmente. A medida inicial, cumprida no último dia 5, determinava que Peralva não poderia sair do raio de 1 km da casa dele.
Na decisão, o magistrado decidiu que o delegado mantenha distância de 3 km apenas da delegacia que chefiava, da casa e do trabalho da vítima. Dessa forma, ele continua usando a tornozeleira eletrônica por mais 90 dias.
Da Redação/Com informações do G1 Distrito Federal