Homem subiu em capô de carro e foi carregado por cerca de 1 quilômetro no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Um homem subiu no capô de um carro na noite deste sábado (25) em Vila Velha, na Grande Vitória para impedir um motorista, que teria batido no carro dele, de fugir do local após a batida, mas acabou sendo carregado por mais de 1 km até cair no chão. Imagens feitas por um morador da região mostram o momento que o confeiteiro Waldemiro de Castro, de 23 anos, apareceu em cima do veículo que transitava pela Avenida Saturnino Rangel Mauro, no bairro Coqueiral de Itaparica.
Em entrevista à TV Gazeta na manhã deste domingo, Waldemiro contou que estava parado em um semáforo e, no momento que ia engatar a segunda marcha, um carro bateu nele do lado esquerdo e jogou o seu veículo para o canto.
Com o impacto da batida, o carro do confeiteiro bateu em outro que estava estacionado. Assim que saiu do carro, Waldemiro tirou uma foto da placa do outro veículo. O motorista que bateu no carro dele também saiu do carro.
"Ele estava muito bêbado: a forma de se expressar, o semblante. Todo mundo em volta que viu a situação falou que ele estava bêbado. Minha amiga falou para ele ficar lá porque a gente ia chamar a polícia. Quando ela falou que era advogada, ele entrou no carro para sair", disse.
Segundo o motorista, o homem, que estaria com sinais de embriaguez, decidiu sair com o carro e o confeiteiro tentou impedi-lo e entrou na frente do veículo.
"Quando ele conseguiu sair, pulei em cima do carro. Ele foi seguindo com o carro, andando em zigue-zague, e entrou na Rua Itaoca na contramão comigo. Na hora, eu só pensava que ia morrer. Gritava por socorro. Estava desesperado. O pessoal de um bar depois falou que tinha um ônibus que podia ter batido na gente", disse Waldemiro.
Quando estava se aproximando de um bar, o motorista freou, momento em que o confeiteiro caiu no chão. Segundo ele, uma passageira do carro saiu e o motorista seguiu viagem.
"Eu caí para trás, rolei, e uma menina que estava dentro do carro dele saiu também. Ele seguiu viagem com a porta do carona aberta mesmo. Essa moça disse que tinha acabado de conhecer o motorista em um bar. Ela também estava desesperada. Eu conseguia ver, quando estava em cima do carro, que ela ficava lá dentro batendo no braço dele pedindo para parar", lembrou.
Depois da confusão, Wlademiro acionou a polícia ligando para o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes- 190), mas nenhuma equipe esteve no local porque, segundo ele, a atendente disse que só se alguém tivesse se ferido enviaria uma viatura. Caso contrário, ele deveria registrar um boletim de ocorrência.
"Quero que ele pague pelo prejuízo tanto do meu carro quando do carro da outra pessoa. Já prestei queixa, fiz o boletim. O que eu acho errado é que eu liguei para a polícia e eles disseram que não tinha necessidade de ir porque não tinha nenhum ferido", disse Waldemiro.
A reportagem não havia obtido o contato do motorista do outro carro até a publicação desta reportagem.
O que dizem a Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil
A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) foi questionada à respeito da reclamação do confeiteiro Waldemiro, mas não havia retornado até a publicação desta reportagem.
A Polícia Civil informou que "investiga todas as ocorrências formalizadas, independentemente de terem sido registradas em delegacias físicas ou online".
Fonte: G1