VÍDEOS | Nuvens "diferentonas" chamam a atenção; entenda

As formações inusitadas foram registradas por internautas na Serra e em Vila Velha. Meteorologistas ouvidos pelo Folha Vitória explicam o fenômeno

Foto: Vanda Lopes

Internautas captaram na tarde da sexta-feira (17) imagens de nuvens "diferentonas" em cidades da Grande Vitória, como Vila Velha e Serra. As formações inusitadas chamaram a atenção das pessoas, por não saberem do que se trata.

Imagens do fenômeno foram enviadas ao Folha Vitória pela internauta Vanda Lopes. Ela fez o clique da Serra. Quem também fez o registro da nuvem diferente foi Sandra Sanges, que filmou a formação em Vila Velha.

A funcionária pública Vanda Lopes conta que tem o costume de fotografar o céu, e que a nuvem chamou sua atenção, apesar de já ter visto uma formação parecida em Guarapari.
"Eu gosto de observar o céu, estou sempre fotografando quando vejo nuvens diferentes. O céu estava azul e, de repente, apareceu esta nuvem, por volta das 16h", contou.

De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, do Instituto Climatempo, as formações são conhecidas como nuvens cumulonimbus, mais precisamente, a parte superior deste tipo de nuvem.

A meteorologista explica que o topo deste tipo de nuvem pode chegar facilmente a 10 km, onde se formam cristais de gelo, muitas vezes, pela altitude, podem ter o aspecto estriado que aparece nas imagens.


"As pessoas filmaram a parte superior de uma nuvem do tipo cumulonimbus. É possível que fosse até mais de uma, um aglomerado. Os topos destas nuvens alcançam facilmente 10 km, onde se formam as nuvens com cristais de gelo. Os ventos fortes nos níveis elevados da atmosfera muitas vezes espalham estas nuvens altas e dão este aspecto estriado", relatou.

 Nuvens são registradas por imagem de satélites, na parte colorida do mapa, na Serra - Foto: Reprodução/Climatempo

Ainda de acordo com Pegorim, as nuvens estavam no horizonte, olhando para o interior do Espírito Santo. "Pelo que se pode observar nas imagens de satélite, estas nuvens estavam no horizonte, olhando para o interior do Espírito Santo", disse.

De acordo com o meteorologista Hugo Ramos, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a cumulonimbus é uma nuvem de grande desenvolvimento vertical, que causa tempestades.

Apesar disso, segundo o meteorologista, não há a previsão de uma tempestade, uma vez que esta chuva já deve ter ocorrido.

"Tempestade que já deve ter ocorrido, neste caso, de forma localizada", explicou o meteorologista.

 


Fonte: Folha Vitória

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