Paraense casa com coreano, viaja para o país e é resgatada após ser vítima de violência


Mulher de 34 anos retorna ao Brasil na segunda-feira (04/12)

Paraense ficava trancada e sem comida em província da Coreia do Sul - Foto: Reprodução/Instagram

Não é toda história de amor do mundo virtual que termina com "felizes para sempre". A paraense Jackeliny Bastos, 34, viveu um relacionamento pela internet que avançou para um casamento com o coreano Jin Yong. O que era uma vida conjugal com cenas de romance, incluindo viagens por praias do Ceará, passou a ter relatos de dor e sofrimento em vídeos nas redes sociais, que viralizaram.

Na segunda-feira (4), com ajuda de outros casais de brasileiros e coreanos, Jackeliny está retornando da Coreia do Sul para o Brasil após ser abandonada pelo estrangeiro.

Em outubro deste ano, ela deixou Santarém (PA) para viver ao lado de quem considerava "o grande amor da vida". Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, Rubenita Costa Bastos — mãe de Jackeliny — relatou que os dois se casaram cumprindo os trâmites legais das embaixadas de cada país.

Segundo a mãe da paraense, após saber do ocorrido com a filha, por meio de outros brasileiros, ela entrou em contato com a Embaixada do Brasil, que acionou a polícia local. Policiais foram até a residência do casal e, em seguida, Jackeliny foi levada para um abrigo.

Rubenita conta que a filha chegou a ter o celular apreendido pelo marido logo na primeira semana após irem morar juntos. "Ele passava o dia fora e deixava a mãe dele vigiando ela".

Ele ainda a deixava trancada e sem comida. Sem a presença de familiares e sem falar o idioma do País, a brasileira recorreu às redes sociais para relatar o que vivia com o companheiro.

Após ser resgatada pela Embaixada Brasileira, Jackeliny revelou no Instagram o que viveu com o marido. "Fui enganada. Eu vivia um relacionamento maravilhoso, eu vivia um casamento maravilhoso. Tudo era bom, mas ele se transformou em duas semanas. Ele não deixava eu ter acesso ao celular. Eu nem comia, porque tudo era jogado na minha cara que ele, só ele, comprava. Eu não almoçava, eu não jantava".

Em relato na rede social, ela contou que o abrigo para onde foi levada era pequeno e compartilhado com outras mulheres vítimas de agressões.

"Eles perguntaram se eu não queria falar com ele. Eu liguei pra pedir pra eu ficar apenas um dia na casa dele, porque eu não consigo respirar aqui pois é muito fechado. Ele disse pra eu me virar e resolver meus problemas. Ele me largou, gente, ao léu", publicou Jackeline Costa Bastos.

Rubenita destacou ainda que a filha não conseguia sair sequer para comprar itens de higiene pessoal quando estava na casa do marido.


Fonte: Diário do Nordeste



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