Ex-catadora que morou em lixão toma posse como professora de universidade: ‘Estudava de manhã, catava lixo de tarde"


Patrícia Rosas ainda trabalhou em troca de comida. Com uma trajetória de resistência, ela se considera uma história de superação da escola pública.



Em meio ao passar das horas de trabalho, os dias cinzentos do lixão ganhavam cores com os restos de giz que a menina Patrícia Rosas conseguia para brincar de “escolinha” com as crianças que catavam lixo com ela. Sem prever mas confiante no futuro, ela ensaiava a missão que teria quando crescesse, só que em um ambiente improvável para sonhos. Três décadas depois, agora com 40 anos, ela tomou posse como professora efetiva do Departamento de Educação da Universidade Federal da Paraíba.

A família da professora é grande. Ao todo, os pais dela tiveram 10 filhos. Em uma época financeiramente difícil, a única saída possível foi chamar o lixão de lar. No bairro do Mutirão, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, um barraco se tornou a casa da paraibana.

Ainda menina, até os 9 anos de idade, ela catava especialmente ossos. O material era vendido em uma fábrica e, mais tarde, se transformaria em sabão.

As horas a fio dedicadas à função de catadora não fizeram com que Patrícia se afastasse da escola. Mesmo com a dificuldade que lhe foi imposta, a sala de aula foi o lugar onde a garota encontrou o que hoje chama de magia.


Fonte: G1 



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