A empreendedora Keida Dervishi aposta em vídeos no TikTok para vender mais
Quando tinha 17 anos, em meio à pandemia, Keida Dervishi viu outros adolescentes no TikTok abrindo negócios. Decidida a seguir o mesmo caminho, comprou uma máquina de bordar de US$ 300 (R$ 1,5 mil) com a ajuda dos pais e aprendeu a bordar no YouTube. A atividade acabou dando origem à Soulmate Customs, marca de roupas bordadas personalizadas que faturou mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em menos de um ano.
Hoje com 21 anos, a empreendedora diz que o processo nem sempre foi fácil. Antes de chegar ao patamar atual, ela enfrentou um período incerto. "Tive algum sucesso inicial graças ao TikTok, mas as vendas secaram rapidamente", afirma em entrevista ao Business Insider.
Na época, Dervishi havia aberto uma loja de bordados na Etsy. "Recebi alguns pedidos inicialmente, mas as coisas explodiram quando postei um design inspirado na música Driver's License de Olivia Rodrigo no TikTok. O vídeo teve cerca de 4 milhões de visualizações e minha loja teve mais de 300 pedidos em três meses", afirma. Entretanto, quando o hype da música diminuiu, os pedidos seguiram na mesma direção.
A recuperação veio com um presente de aniversário para a mãe, quando a empreendedora fez um bordado de uma foto das duas. "Quando minha mãe abriu a camisa com o nosso contorno bordado, ela começou a chorar. Ela me disse que seria uma ótima ideia para um negócio". Baseada nessa ideia, a Soulmate Customs foi lançada oficialmente em julho de 2021.
O primeiro pedido veio em quatro dias. Em quatro semanas, a empresa faturou US$ 100 mil — especialmente por causa do TikTok. "Depois de experimentar a queda drástica nos pedidos com minha primeira loja Esty, eu sabia que, pela Soulmate Customs, precisava promovê-la constantemente no TikTok."
Entretanto, ainda veio mais um revés. "Quando esses pedidos chegaram, o negócio ainda era uma máquina de bordar de US$ 300 na casa dos meus pais. Não havia como atender todos os pedidos no prazo. Eu disse à minha mãe que teríamos de fechar a loja", diz Dervishi. Em vez disso, a solução que ela encontrou foi mudar de espaço.
"Alugamos o segundo escritório que vimos e nos mudamos duas vezes desde então. Investimos em quatro máquinas de bordar comerciais e contratamos qualquer pessoa que encontrássemos apenas para nos ajudar a atender todos os pedidos", diz a empreendedora. Hoje, os pais a ajudam na administração do empreendimento.
O TikTok continua sendo um ponto-chave do negócio. "Assim que chego ao escritório, a primeira coisa que faço é postar um vídeo. Posto de cinco a oito vezes por dia no TikTok e no Instagram. É a parte mais importante do meu dia", diz Dervishi. Ao mesmo tempo, ela reconhece que é difícil depender de virais para vender. "As visualizações não são consistentes, por isso estou procurando maneiras mais estáveis de expandir o negócio este ano."
A empreendedora também quer encontrar formas de crescer em diferentes momentos do ano, e não apenas em picos como Dia dos Namorados, Dia das Mães e Dia dos Pais.
Fonte: Pequenas Empresas e Grande Negócios