Pulada de cerca: Justiça nega indenização a homem que descobriu não ser pai biológico da filha


O pai desconfiou porque a menina não tinha o seu biotipo por ser loura e de olhos azuis. Ele é negro

Pulada de cerca: Justiça nega indenização a homem que descobriu não ser pai biológico da filha — Foto: Reprodução

A Justiça negou pedido de um homem para ser indenizado em R$ 25 mil pela ex-mulher, ao descobrir com a separação do casal que não era o pai biológico de um dos filhos. O homem disse que a infidelidade foi comprovada no exame de DNA da criança, quando houve a separação definitiva. O casal vivia em Manaus e, na companhia dos filhos, ele voltou de Manaus para morar no Rio de Janeiro.

O casal ficou por mais de 10 anos juntos com breves separações. No entanto, o casal jamais se separou de fato e conviveu sob o mesmo teto. Três anos após o nascimento da filha, com as brigas aumentando, eles, finalmente, acabaram o relacionamento. O homem contou, no processo, que desconfiava não ser pai da menina e fez o exame do DNA. O resultado causou constrangimento junto a seus familiares e amigos, além dele se sentir ofendido em sua honra.

A mãe da criança contestou a versão do ex-marido. Admitiu o relacionamento com um namorado no período em que esteve separada. Ao se reconciliar com o ex-marido, confirmou a gravidez. No tempo em que estiveram juntos, o homem questionou sobre a paternidade da criança. Afinal, a menina nasceu branca, loira e de olhos azuis, bem diferente do biótipo do ex-marido, negro. Antes da realização do exame de comprovação por DNA, ela reconheceu que o ex-marido não era o pai da criança, numa ação em que requereu a guarda dos filhos.

Na decisão, a 12ª Câmara de Direito Privado considerou que a mulher não mentiu sobre a paternidade da filha e rejeitou o pedido de indenização do ex-marido.


Fonte: O Globo


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