Jovem eleita Miss Acre em 2023, Carla Cristina perdeu o título e também foi desclassificada para concorrer ao concurso Miss Brasil Mundo. O motivo? Por ser mãe.
Ela postou um desabafo nas redes sociais chorando ao descobrir sua desclassificação e disse que antes de se candidatar havia verificado as regras do concurso. O vídeo viralizou nas redes.
Carla contou ter sido informada da desclassificação na manhã da última quarta-feira(7). Ela detalhou que sabia da regra para o Miss Mundo, mas que havia checado com a organização do concurso no Brasil e teriam lhe dito que não havia problemas para o Miss Brasil Mundo.
"Eu disse 'são franquias diferentes, tem certeza que o CNB (Concurso Nacional de Beleza) pode?' E me deram a certeza que sim. Eu não vou desistir dos concursos. Eu pretendo participar novamente, mas não desse. É isso, eu não sou mais a Miss Acre", finalizou Carla Cristina.
A jovem relatou no vídeo publicado que precisou vendeu rifa e sopa para conseguir arcar com o valor da inscrição para participar do concurso.
"Era um valor bem alto, R$ 5 mil, e eles não trabalham com reembolso. E eu quero pedir desculpa aos meus patrocinadores, para quem estava me apoiando, quem acreditou em mim e estava me ajudando a chegar no concurso mais bonita", disse, ainda aos prantos.
Em suas redes sociais, Carla costuma compartilhar registros com a filha, de 1 ano. Ela ressaltou que nunca escondeu sua maternidade e, por isso, se sentiu enganada.
Veja o desabafo da Miss Acre:
Em nota, o CNB disse que Carla Cristina foi eleita Miss Acre Mundo 2023 em um concurso realizado em outubro do ano anterior, por Sidney Lins, coordenador estadual do CNB no Acre.
A organização alega que Sidney não sabia que Carla Cristina era mãe. Além disso, explica que o critério de não aceitar mães nem mulheres casadas está relacionado às regras do Miss Mundo.
"Esclarecemos que, como uma organização licenciada de uma competição internacional, devemos seguir as regras do mesmo, independente da nossa própria visão ou vontade. Não temos absolutamente nada contra mães, muito pelo contrário", diz o texto.
O CNB acrescentou não ter responsabilidade sobre a transação financeira feita entre Carla e o seu coordenador estadual.
Fonte: Folha Vitória