Criança foi agredida em pelo menos dois dias diferentes. Na primeira vez, sofreu duas mordidas. E no mesmo dia que a mãe reclamou, ela sofreu as outras. Secretaria Municipal de Educação disse que abriu sindicância para investigar o caso. Queixa foi registrada na 27ª DP (Vicente de Carvalho).
Menino ficou com marcas das mordidas na bochecha — Foto: Reprodução |
A família de um bebê de 10 meses denunciou a Creche Esperança, que tem convênio com a Prefeitura do Rio, depois que o menino voltou com várias marcas de mordida para casa, nesta quarta-feira (28).
Valquíria Gomes contou que, na manhã de terça (27), foi até a unidade escolar, em Irajá, na Zona Norte do Rio, reclamar de duas mordidas que o menino tinha sofrido no dia anterior.
“Fui saber o que estava acontecendo porque já era a segunda vez. Assim que eu saí de lá, ligaram para o pai dele dizendo que ele tinha levado uma mordida no rosto, mas que não era nada demais”, relata ela.
O susto maior foi quando a irmã mais velha do menino foi buscá-lo na saída, na parte da tarde.
“O rosto dele estava super inchado e roxo com três mordidas. Tiramos a roupa dele e vimos diversas mordidas pelo corpo”, relembra ela.
Bebê teve 9 mordidas em creche do Rio — Foto: Arquivo pessoal |
“A professora disse que isso aconteceu enquanto ela falava comigo de manhã. Eles alegam ter 2 ajudantes de professores com 15 crianças em sala, como não viram isso? Disseram que só viram as mordidas”, completa.
A família contou 9 mordidas no corpo da criança.
Um vídeo postado nas redes sociais da própria creche mostrava o garoto sentado no chão, chorando, enquanto uma professora ajudava outra criança a fazer uma pintura com tinta. Horas depois, a publicação foi apagada.
“Meu irmão chorando de soluçar, a professora do lado dele e outra gravando. Ninguém socorre ele. Se ele tivesse sido mordido nesse momento, como elas veriam? Apenas ignoraram ele”, lamenta a irmã Raphaella Rodrigues.
“Estamos sem chão, o que fizeram com ele foi horrível. Não queremos que isso aconteça com mais nenhuma criança”, completa.
Depois das mordidas, o menino não retornou para a creche. Ele deve ser transferido para outra unidade. A família pede que a transferência seja feita com celeridade, já que o bebê fica na creche para que os pais e a irmã possam trabalhar.
O caso foi registrado na 27ª DP (Vicente de Carvalho). A delegacia pediu exame de corpo de delito, que já foi feito. O menino precisou ainda passar por atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento.
Procurada, a Polícia Civil informou que os envolvidos vão prestar depoimento, e que os agentes procuram por imagens de segurança do local.
Já a Secretaria Municipal de Educação disse que abriu uma sindicância e iniciou os procedimentos de apuração da creche. A pasta informou ainda que os responsáveis pelo bebê e os representantes legais da unidade já foram ouvidos.
Fonte: G1