Quem é a capixaba convocada para o Mundial Paralímpico de Atletismo


Lorraine Aguiar e seu guia, Fernando Martins Júnior, são os únicos capixabas convocados para o Mundial Paralímpico de Kobe, no Japão, em maio


A temporada de 2023 tinha tudo para ser a melhor da carreira de Lorraine Gomes de Aguiar. Tinha. Porque 2024 chegou com a capixaba ainda melhor preparada para fazer história nas pistas. Ela e o guia Fernando Martins Júnior são os únicos capixabas convocados para o Mundial Paralímpico de Atletismo de Kobe, no Japão.

A competição acontece de 17 a 25 de maio deste ano, três meses antes das Paralimpíadas de Paris, na França, o que deixa o evento ainda mais especial.

"Essa convocação foi muito especial pra mim. É o meu segundo Mundial e é um ano muito importante, pois é um ano de Paralimpíada. É um ano que todo atleta sonha em fazer grandes resultados. Tô treinando muito desde o ano passado e vou chegar bem. O foco principal é na Paralimpíada, mas o Mundial é um evento bom pra gente testar o nosso psicológico, o nosso físico, pois as competidoras que estarão no Mundial, provavelmente, são as que vão estar na Paralimpíada. Vai ser fantástico! É uma oportunidade ótima pra gente melhorar nossas marcas e conseguir o índice para as Paralimpíadas", aposta Lorraine.

Atleta da Unicep, a capixaba é especialista nos 100m, 200m e 400m rasos na categoria T12, para atletas com deficiência visual e que correm com guia. No Mundial de Paris, em julho do ano passado, ela teve como melhor resultado o quinto lugar nos 100m rasos e nos 400m rasos. Já na prova dos 200m, ela acabou desclassificada.

"Ano passado foi a primeira experiência em um evento grande assim. Foi tudo muito novo, é bem diferente das competições que a gente participa nacionalmente. Então, confesso que fiquei um pouco assustada com o tamanho do evento. Eu tava preparada, mas fui pega de surpresa com o tamanho da competição. Agora eu tô muito mais preparada psicologicamente, fisicamente também, eu tô muito mais forte. Preparada mesmo pra ir bem neste Mundial", contou.


Já no Parapan de Santiago, no Chile, em setembro, Lorraine foi medalhista de bronze nos 200m e repetiu a medalha nos 100m. Uma experiência a mais que, ela acredita, a deixou ainda mais preparada para brilhar no Mundial deste ano.

"De lá pra cá, eu participei também do Parapan, conquistei duas medalhas, foi evento gigantesco que me deu mais experiência, me ajudou muito e eu cresci como atleta. Acredito que este Mundial vai ser incrível em questão de resultados. Vai ser uma grande experiência e tô muito feliz e determinada! Vai ser ótimo e vou trazer ótimos resultados para o Espírito Santo. Tenho certeza".


Histórico de medalhas para o Brasil

No Mundial do ano passado, o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.

Ao todo, o Brasil já conquistou 262 medalhas na história dos Mundiais de atletismo — sem considerar a participação do País na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional. Foram 88 ouros, 78 pratas e 96 bronzes.

O atletismo é também a modalidade mais vitoriosa do País na história dos Jogos Paralímpicos. Ao longo de todas as participações brasileiras, obteve a maior quantidade de medalhas, com 170 pódios no total, sendo 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes.


Fonte: Folha Vitória 



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