VÍDEO mostra batida de Porsche em Sandero; motorista de aplicativo morreu e condutor do carro de luxo fugiu


Câmeras de segurança gravaram Fernando Filho batendo Porsche na traseira do carro de Orlando Viana, que morreu. Polícia analisa imagens e procura condutor do carro importado. Testemunhas contaram que veículo estava com velocidade acima do limite de 50 km/h.


Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram o momento em que o Porsche Carrera dirigido pelo universitário Fernando Sastre de Andrade Filho bate na traseira do Renault Sandero guiado pelo motorista de aplicativo Orlando da Silva Viana (veja abaixo), que morreu.

Fernando Sastre fugiu do local.

O caso ocorreu na madrugada desse domingo (31) na Avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de São Paulo. Segundo testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, o carro de luxo estava em alta velocidade. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h.

A Polícia Técnico-Científica vai analisar as imagens para determinar qual era a velocidade do Porsche no momento da batida.

Orlando foi socorrido por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. Ele foi levado com parada cardiorrespiratória ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu. O motorista tinha 52 anos e estava sozinho no veículo.

Procurados pela reportagem, dois filhos dele não quiseram falar. Segundo policiais, Orlando seria sepultado nesta segunda-feira (1º) num cemitério da Grande São Paulo.


Motorista fugiu e é procurado

Fernando Sastre Filho responderá pela morte de Ornaldo Viana — Foto: Reprodução/Redes sociais

Um amigo de Fernando que, segundo a polícia, também estava do Porsche, foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital São Luiz no Tatuapé.

Até a última atualização desta reportagem, ele continuava internado. As autoridades não informaram, no entanto, se ele se feriu nem seu estado de saúde. Ou, ainda, se foi ouvido pela investigação para contar sua versão do que ocorreu.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, disse aos agentes da Polícia Militar (PM) que atendiam a ocorrência no local que levaria o filho ao Hospital São Luiz no Ibirapuera, na Zona Sul da capital, porque ele tinha um "leve ferimento" na boca.

No entanto, quando os PMs foram ao hospital para ouvir a versão do motorista do Porsche e fazer o teste do bafômetro nele, não o encontraram. A mulher que o levou também não estava no local.

Diante disso, a Polícia Civil considerou que Fernando fugiu. Por esse motivo, registrou o caso como homicídio culposo (sem intenção de matar) e lesão corporal culposa (não intencional) na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente. A investigação está sendo feita pelo 30º Distrito Policial (DP), Tatuapé.

A reportagem não conseguiu localizar o motorista nem sua mãe.


PM liberou motorista do Porsche

Procurada pelo g1, a advogada de Fernando, Carine Acardo Garcia, disse em nota que não iria se pronunciar neste momento. De acordo com ela, seu cliente está em estado de "choque".

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a polícia procura Fernando para prestar esclarecimentos.

A Polícia Militar informou que irá apurar se os policiais erraram ao permitir que Fernando deixasse o local do acidente com a sua mãe para ir supostamente a um hospital.

"Que liberaram, é fato. Trataram, inicialmente, como vítima. Vamos analisar se houve alguma falha no procedimento operacional. É preciso analisar caso a caso, mas não é incomum liberar a vítima para ir por conta própria [a um hospital], caso ela tenha condições", falou ao g1 o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo.





Fonte: g1 SP


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