Polícia vai verificar informações de diário encontrado por pai de menina achada morta em lixeira


Nos escritos, foram encontradas menções a estupro e homicídio. Família suspeita que Sophia estava sendo vítima do abusador há mais tempo. Pedreiro foi preso por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver. 'Sou um pai acabado', diz Paulo Sérgio da Silva.

A 37ª DP (Ilha do Governador) vai verificar as informações do pai da menina Sophia Ângelo Veloso da Silva. Durante o velório da vítima, o pai afirmou que encontrou um diário da garota, onde ela dava detalhes sobre como morreria.

"Ela colocou as possíveis mortes lá e dizia homicídio e estupro. Toda a morte que ela teve ela já sabia de alguma forma que isso aconteceria. Eu não sei há quanto tempo isso estava lá. Foi meu filho e minha esposa que encontraram. Hoje eu sou um pai acabado. Ele não tinha esse direito", lamentou o pai.

A família, então, suspeita que ela estivesse sendo vítima há mais tempo. Quando a adolescente desapareceu, uma outra jovem foi à delegacia contar que tinha sido abusada pelo pedreiro anos antes.

Sophia, de 11 anos, foi encontrada morta em uma caçamba de lixo na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.

Paulo Sérgio da Silva, operador de voo, contou à imprensa que seu conforto é ter achado o corpo da garota para que fosse possível um enterro digno.

"Eu não sei como eu vou viver, estou tentando ficar de pé mas não sei como vou fazer. Ele destruiu a minha vida. A gente só vivia rindo. Ela chegava nos lugares e passava o amor que ela tinha para os outros, estava sempre com aquele sorrisão no rosto", completa ele, aos prantos.

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O pai da vítima explicou que o plano do principal suspeito do estupro e homicídio de Sophia era que o corpo da menina fosse triturado na caçamba e levado para um lixão, dificultando que ela fosse encontrada e desvendassem o crime.

À polícia, o suspeito confessou que estuprou e matou a garota, segundo o delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP (Ilha do Governador). O pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.

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O velório do corpo de Sophia começou às 9h no Cemitério da Cacuia, na Ilha. Na porta da capela, um grupo emocionado já acompanhava desde o início.

Abalado, o pai da menina chegou e foi amparado pelos familiares.

"Ficamos sem entender a motivação para a pessoa cometer uma brutalidade, uma maldade dessa, abalou todo mundo", lamentou a prima Edilene de Sales.

Pai da menina Sophia no velório da criança — Foto: Jefferson Monteiro/TV Globo

“Tá dolorido, estou destruído. Ele não merece perdão. Todo mundo amava a minha filha. Ele arrancou uma parte de mim. É um buraco que ficou no meu peito que vai demorar para ser tampado, se é que será tampado”, afirmou Paulo Sérgio da Silva, pai da menina.

Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos — Foto: Reprodução

De acordo com a polícia, ele agiu com "extrema agressividade e crueldade". A criança levou, pelo menos, 35 facadas: na nuca, no peito, nas pernas e nas costas.

O corpo de Sophia foi encontrado na terça-feira (28). Edilson, que está preso, é irmão da ex-madrasta de Sophia.

O delegado aguarda os laudos finais da perícia para saber alguns detalhes.

Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos — Foto: Reprodução

Segundo o delegado Santoro, o corpo de Sophia estava enrolado em uma lona, com as mãos e os pés amarrados com fios e várias lesões pelo corpo.


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Ainda segundo a polícia, após matar a menina, o homem amarrou suas mãos e os braços com fios elétricos e enrolou o corpo em uma lona e depois, usando um carrinho de mão, colocou o corpo na caçamba de lixo.

Fonte: g1 RJ



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