Quem é o médico do ES que está em estado vegetativo na UTI após infarto durante trabalho no RS


Walter José Roberte Borges, 50 anos, passou mais de 8 minutos sem oxigenação após o infarto em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Ele é casado e tem dois filhos.


O médico anestesista Walter José Roberte Borges, de 50 anos, está internado numa UTI em estado vegetativo após sofrer um infarto na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, no início desta semana, enquanto trabalhava na cidade, uma das atingidas pelas enchentes. O profissional é natural de Linhares, Norte do Espírito Santo.

Walter viajou com um grupo de médicos para atuar no hospital federal de Pelotas devido ao aumento da demanda por profissionais da saúde provocado pelas inundações no estado gaúcho.

O anestesista trabalhava em plantões de 48 a 72h na cidade. Eventualmente, depois que realizava o trabalho no hospital, atuava como voluntário ajudando pessoas vítimas da enchente. Mas ele não teria sofrido infarto enquanto fazia atendimento voluntário.

O médico tem dois filhos pequenos, de 8 e 12 anos, é casado e mora em Vila Velha, na Grande Vitória, onde também tem uma clínica com a esposa, que é dentista e está, no momento, em Pelotas.

No site do Conselho Federal de Medicina (CFM) conta que Walter José também tem inscrições ativas nos conselhos regionais de Mato Grosso e São Paulo. No Espírito Santo, seu primeiro registro é de 2017.

Walter José Roberte Borges, de 50 anos, é médico e saiu do Espírito Santo para ajudar vítimas das chuvas no RS — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Na última segunda-feira (20), Walter saiu no meio de uma cirurgia no Hospital Universitário de Pelotas, mas não retornou. Segundo o cunhado do médico, Herike Assis, ao procurá-lo, profissionais o encontraram já desacordado, dentro de um banheiro. Apesar de fumar, ele não tinha histórico de problemas de saúde.

"Ele passou mais de 8 minutos sem oxigenação. Agora foram diagnosticadas algumas lesões cerebrais que indicam estado vegetativo. Ele é rodeado de médicos na família, e eles se juntaram para pedir uma ressonância, até para a família entender o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida nele", afirmou Assis.

Walter Jose Roberte Borges, médico anestesista do Espírito Santo que sofreu infarto em Pelotas (RS) enquanto ajudava vítimas da chuva — Foto: Reprodução/CFM

Agora, a família luta para levar o médico de volta para o Espírito Santo, mas depende de autorização que ainda não foi concedida. Herike Assis explicou ainda que o setor público de saúde tem procedimentos para garantir que a transferência seja feita com segurança para o paciente.

"Uma vez o paciente sendo do SUS, não pode ter movimentação privada. É um protocolo e tudo tem que ser exatamente feito pelo SUS", disse. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), segundo Herike, já manifestou que pode intervir para fazer o translado, mas o hospital gaúcho tem que autorizar.

Herike, que também é empresário, ressaltou que o cunhado está bem assistido em Pelotas, mas toda a avaliação pela qual ele passou foi clínica. No hospital, por exemplo, atualmente não tem equipamento de ressonância disponível para uma avaliação mais precisa sobre os danos decorrentes do infarto. Os primeiros exames indicam que o anestesista possa ficar em estado vegetativo.

Além de buscar melhor análise sobre o quadro de Walter Borges, o empresário afirmou que, no Espírito Santo, o médico poderia ser acompanhado de perto pela família.


Fonte: g1 ES




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