Caso Djidja: mãe e irmão de ex-sinhazinha serão indiciados por tortura com resultado de morte, tráfico e outros 12 crimes, diz polícia

Com a conclusão do inquérito, Polícia Civil deve indiciar, no total, 11 pessoas, conforme divulgou nesta quarta-feira (19) o delegado Cícero Túlio, que coordenou as investigações sobre o caso.

Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso. — Foto: Arquivo Pessoal

A mãe e o irmão da empresária e ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido, Djidja Cardoso, achada morta em Manaus, vão ser indiciados por tortura com resultado de morte, tráfico de drogas e outros 12 crimes. Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil deve indiciar, no total, 11 pessoas, conforme divulgou nesta quarta-feira (19) o delegado Cícero Túlio, que coordenou as investigações sobre o caso.

O grupo é suspeito de fornecer e distribuir a cetamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa. A Polícia Civil investigou se a morte de Djidja foi causada por overdose da substância.

O delegado convocou uma coletiva de imprensa para esta quinta-feira (20), onde deve passar mais informações sobre o fim das investigações.

Além da mãe e irmão de Djidja, estão presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, o coach e ex-personal trainer da família, além de dois funcionários de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a cetamina para o grupo.

A Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar à maquiadora Claudiele Santos da Silva, ao maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas e à um dos funcionários da clínica veterinária apontada como fornecedora de cetamina para a família de Djidja.



Confira abaixo quem são as pessoas que foram presas até o momento:
  • Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja Cardoso.
  • Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja.
  • Verônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme.
  • Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro do mesmo salão.
  • Claudiele Santos da Silva, maquiadora do mesmo salão.
  • Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja.
  • Hatus Silveira, se identificava como personal trainer de Djidja.
  • Dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para a família Cardoso.
  • José Máximo de Oliveira, dono da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina para a família Cardoso.

Mãe costumava gravar vídeos da ex-sinhazinha e irmão sob efeito de cetamina em Manaus

Segundo a polícia, a mãe de Djida, Cleusimar Cardoso, tinha o costume de gravar a família sob efeito de cetamina e também registrava os momentos em que os filhos faziam as aplicações, utilizando seringas.

As imagens, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, foram incluídas pela polícia na investigação sobre o caso. Segundo a polícia, as gravações foram feitas na casa onde Djidja foi achada morta, na Zona Norte de Manaus. (Veja no vídeo acima).


Causa da morte de Djidja

Djidja, que por cinco anos foi uma das estrelas do Festival de Parintins, foi encontrada morta no último dia 28. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração.


O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.

A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.

O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.



Fonte: G1

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