Caso Paloma: suspeito de matar filha e espancar esposa é achado morto


Oseas Marciel Soares, de 48 anos, fugiu na terça-feira (18), quando mãe e filha foram encontradas no chão de casa, ensanguentadas

Oseas Maciel Soares, de 48 anos, é suspeito de matar a própria filha, Paloma, e deixar a esposa gravemente ferida. (Arquivo Pessoal)

Foi encontrado morto nesta sexta-feira (21) o suspeito de espancar até a morte a filha de seis anos e de agredir cruelmente a esposa. A pequena Paloma foi achada morta com sinais de espancamento e a mãe dela, Sônia Fernandes, em estado grave, dentro da casa onde a família morava, no bairro Novo Brasil, em Cariacica, na última terça-feira (18). A informação sobre a morte de Oseas Marciel Soares, de 48 anos, foi confirmada pelo superintendente de Polícia Especializada, o delegado Romualdo Gianordoli.

O corpo dele estava em área de mata com sinais de enforcamento. O delegado informou que Oseas teria tirado a própria vida, e disse que a perícia da Polícia Científica já está no local.

Oseas fugiu no dia do crime, quando mãe e filha foram encontradas ensanguentadas no chão de casa no bairro Novo Brasil, em Cariacica. Nesta quinta-feira (20) um mandado de prisão havia sido expedido contra ele. O mandado está disponível no Banco Nacional do Conselho Nacional da Justiça.

O juiz Alexandre Pacheco Carreira, que decretou a prisão, argumentou que a medida é "imprescindível para o sucesso das investigações, que, por sua vez, visa a esclarecer de vez o fato criminoso e suas circunstâncias, como, por exemplo, a participação efetiva (de Oseas), bem como sua motivação, além de localizar outras testemunhas. Demais disso, a gravidade e a repulsa social que provocam ilícitos desta natureza, consubstanciado nos elementos de informações trazidos aos autos, justificam, também, a presente prisão temporária".

Em nota, a Polícia Civil informou que "as diligências foram iniciadas assim que o fato ocorreu e o inquérito policial segue em andamento na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Todas as diligências estão sendo realizadas dentro do prazo legal. Destacamos que os policiais estão trabalhando com afinco, todos os dias, com objetivo de prestar o melhor serviço aos parentes das vítimas, não só desse caso, mas de todos que possuem inquérito em aberto na delegacia".


O crime

Testemunhas informaram à polícia que não ouviram nenhuma briga durante o dia do crime. Apenas uns gritos, pela manhã, vindos do suspeito. Como durante o dia nenhum barulho veio da casa, os vizinhos ficaram atentos. Ao irem até a residência da família encontraram sangue e, nesse momento, pediram ajuda. Ainda não se sabe a motivação para o crime.

O filho mais velho de Sônia, Junior Fernandes, disse à TV Gazeta que a mãe parou de responder as mensagens depois das 16h. "Quando cheguei do serviço parti para Cariacica. Cheguei lá e os policiais estavam perdidos, ajudei eles a encontrarem a casa e estava aquela cena lá. Minha irmãzinha caída, cheia de sangue, e minha mãe se contorcendo", relatou.

Oseas e Sônia tinham um relacionamento de sete anos, segundo testemunhas. Um familiar, que não quis se identificar, contou à TV Gazeta que, há um mês, a mãe da criança havia falado sobre ameaças vindas do marido. "Ela contou que, às vezes, ele falava que iria acontecer uma tragédia, que iria matar, sumir, que iria tirar a própria vida também", comentou.

Junior disse que a mãe nunca tinha relatado essas ameaças para ele. "Para mim e para minha irmã mais velha ela não falava nada, sempre dizia que estava mil maravilhas. Só descobri hoje que ela falava para familiares", desabafou.


Mãe e filha ensanguentadas

De acordo com apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, a polícia acredita que as agressões tenham acontecido durante a tarde de terça-feira (18), por volta das 17h, mas o corpo de Paloma Fernandes foi encontrado somente à noite.

O relato do boletim de ocorrência descreve que a Polícia Militar foi acionada após denúncias. Quando os agentes entraram na casa, encontraram mãe e filha caídas atrás de uma mesa entre a sala e o quarto. Elas estavam cobertas de sangue. A menina não tinha mais sinais vitais. A mãe estava viva, mas sem condições de falar ou andar – não há detalhes de como ela foi ferida.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/ 192) foi chamado e fez os primeiros socorros na mãe. Ela estava com um afundamento craniano no centro superior da cabeça e um hematoma no tórax. A vítima foi levada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), em Vitória. A criança estava com um corte profundo na cabeça.



Fonte: A Gazeta



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