Caso Sophia: pai mostra desenhos feitos por filha em diário antes de a menina ser morta no Rio


Segundo a perícia, Sophia foi vítima de estupro e depois recebeu diversos golpes de faca. Homem próximo da família confessou o crime e foi preso preventivamente. Estupro de vulnerável foi o tema do Profissão Repórter da última terça-feira (11).

O pai da menina Sophia Ângela Veloso acredita que a filha já vinha sofrendo abusos antes de ser encontrada morta. Ao Programa da TV, Paulo Sérgio mostrou desenhos que foram feitos pela menina em um diário antes de ela ser morta no Rio. 

Segundo a perícia, Sophia, que tinha 11 anos, foi vítima de estupro e depois recebeu diversos golpes de faca. Próximo da família, o pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, confessou o crime e foi preso preventivamente por estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver.

Estupro de vulnerável foi o tema do Profissão Repórter desta terça-feira (11). Este tipo de crime se aplica a situações em que a vítima é uma criança ou adolescente com menos de 14 anos ou sem discernimento no momento do ato — quando não consegue se defender. São 56 mil denúncias de estupro de vulnerável por ano no Brasil, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 153 casos por dia e seis a cada hora.

As histórias são delicadas, chocantes e difíceis de contar, mas importantes como alerta para proteger crianças e adolescentes.

“Eu estou juntando muita prova. Não sei se vocês viram as imagens do diário dela. Lá no diário ela decretou a própria morte, ela desenhou a morte", disse ele ao programa.

Caso Sophia: pai mostra desenhos feitos por filha em diário antes de a menina ser morta no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

Caso Sophia: pai mostra desenhos feitos por filha em diário antes de a menina ser morta no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo


A ajuda da comunidade na descoberta do crime

Além do pai de Sofia, outros moradores da comunidade do Guarabu ajudaram na descoberta do crime.

O repórter Caco Barcellos foi com Rodrigo Sobral, presidente da associação dos moradores do Guarabu, na comunidade onde a menina Sofia foi morta. Ele foi fundamental para localizar a menina Sofia quando ela estava desaparecida.

“Aqui é o local em que a menina foi jogada. Moradores foram captando informações de que ele veio com o carrinho de mão por essa rua e aí pedimos para fazer o procedimento de coleta. Eles abriram e foi encontrada a menina Sofia, diante daquela fatalidade. Os moradores participaram dessa colaboração para fazer com que fosse encontrado o corpo da menina”, contou Rodrigo.

Profissão Repórter mostra local onde corpo de Sophia de 11 anos foi encontrado no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo

A equipe do Programa também foi até a casa em que a menina foi morta. O local parecia abandonado.

"Edilson já não estava mais morando aqui, né? Ele vinha aqui às vezes”, disse o presidente da associação dos moradores.

Profissão Repórter vai até local onde Sophia, de 11 anos, foi morta no Rio — Foto: Reprodução/TV Globo


Outra vítima do acusado procurou a polícia

O delegado que investiga o caso revelou que pelo menos mais uma vítima de Edílson procurou a polícia. Em depoimento, o acusado negou a nova acusação.

“Uma sobrinha desse acusado compareceu à sede policial e relatou que há quatro anos aproximadamente sofreu abusos por parte desse criminoso, o Edilson [...] Agora com a prisão do Edilson, ela tomou coragem e veio aqui relatar esses fatos que estão sendo apurados e vão ser imputados ao criminoso Edilson, que vai responder por mais esse crime”, disse o delegado de polícia, Felipe Santoro.

Edilson Almorim dos Santos Filho, acusado pela morte de Sophia Ângela Veloso, de 11 anos — Foto: Reprodução/TV



Fonte: g1 RJ




Postagem Anterior Próxima Postagem