Como fica o tempo nos próximos três meses? O Inmet te conta


Instituto publicou nesta quarta o Boletim Agroclimático para junho, julho e agosto. Chuva e calor acima da média marcam o período

Foto: Freepik

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou nesta quinta-feira (13) o seu 54º Boletim Agroclimatológico com a previsão do tempo para os próximos três meses: junho, julho e agosto.

Em algumas regiões, a chuva vem acima da média e, em outras, o calorão reina, com baixa umidade. Acompanhe:


Sul

A previsão indica maior probabilidade de chuvas acima da média climatológica em grande parte da região, exceto no oeste do Rio Grande do Sul, onde a previsão é de chuvas abaixo da média. A temperatura do ar deverá prevalecer acima da média histórica em grande parte da região, principalmente no extremo norte do Paraná, onde devem ser registrados os maiores valores de temperatura.

Já no Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina, são previstas temperaturas próximas à média. Destaca-se que, em áreas serranas, as temperaturas podem ser inferiores a 14°C em determinados dias, devido a entrada de massas de ar frio que podem reduzir a temperatura mínima, favorecendo a ocorrência de geadas.

A previsão do balanço hídrico para os próximos meses indica níveis de umidade no solo elevados em grande parte da Região Sul, devido às chuvas ocorridas nos últimos meses que podem ser favoráveis para a semeadura dos cultivos de inverno. Restrições hídricas podem ocorrer no norte do Paraná e afetar o desenvolvimento do trigo e parte do milho segunda safra em estágio reprodutivo.


Sudeste

A previsão para o trimestre indica chuvas próximas ou abaixo da média no centro-norte de Minas Gerais e Espírito Santo, enquanto em áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, a previsão é de chuvas ligeiramente acima da média. Lembrando que, assim como na Região Centro-Oeste, já se observa uma redução das chuvas em grande parte da região.

As temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica nos próximos meses em grande parte da região, principalmente em áreas de Minas Gerais e São Paulo. A previsão indica tendência de redução do armazenamento hídrico do solo em grande parte da região nos próximos meses, principalmente no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, podendo desfavorecer as lavouras de milho segunda safra em estágios reprodutivos.

Já no leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, os níveis de água no solo permanecerão satisfatórios.


Centro-Oeste

A previsão do multimodelo é de tendência de chuvas próximas ou ligeiramente abaixo da média em toda a região. Ressalta-se que houve uma tendência de redução das chuvas na parte central do país, nas últimas semanas, dando início ao período seco da região.

As previsões indicam que as temperaturas devem ser acima da média climatológica nos próximos meses, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de excesso de calor em algumas áreas. Entretanto, com aproximação do inverno, tem-se as manhãs e noites com temperaturas mais amenas.

Com a redução das chuvas e a elevação das temperaturas nos próximos meses, prevê-se uma redução dos níveis de água no solo em praticamente toda a região, podendo prejudicar as lavouras que se encontram em floração e enchimento de grãos. Já no sul de Mato Grosso do Sul, os níveis de umidade podem permanecer com volumes satisfatórios.


Norte

A previsão indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte da região, principalmente no mês de junho. Em áreas do leste do Acre e Rondônia, bem como sudoeste do Amazonas, sul do Pará e Tocantins, são previstas chuvas próximas ou ligeiramente abaixo da média.

A temperatura média do ar deverá prevalecer acima da climatologia em toda a região. Entretanto, há possibilidade de temperaturas mais elevadas no sul da Amazônia devido a redução das chuvas. A previsão indica uma ampliação da área com baixos níveis de umidade no solo nos próximos três meses, principalmente na parte centro-sul da região amazônica.

Cenário oposto é previsto para a norte da região, que indica redução das áreas com elevados níveis de armazenamento de água no solo, restringindo-se a parte mais noroeste da Região Norte.


Nordeste

A previsão indica chuvas próximas ou acima da média climatológica em grande parte da região, principalmente nos meses de junho e julho. Destaque para possíveis eventos de chuvas volumosas no norte e leste da região, devido ao aquecimento do Atlântico Tropical e distúrbios ondulatórios de leste, muito comuns nesta época do ano.

Já no interior da região e extremo sul da Bahia, as chuvas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média. Quanto à temperatura do ar, deve ser acima da média histórica em todo o seu território, mas principalmente no interior da região, por conta da redução das chuvas neste mês de junho.

A previsão para os próximos três meses indica níveis de água no solo elevados no norte do Maranhão e do Ceará, além da costa leste do Nordeste, que pode favorecer a semeadura e o desenvolvimento do feijão e do milho terceira safras. Nas demais áreas, a previsão indica baixos níveis de umidade no solo, principalmente no interior da região, devido a redução das chuvas, que pode beneficiar a maturação do algodão e do milho segunda safra.



Fonte: Canal Rural



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