Vítima trabalhava como cuidadora para uma família em Itapetininga (SP); Ministério do Trabalho irá propor acordo de verbas trabalhistas
Funcionária da auditoria fiscal do trabalho | Divulgação/governo federal |
Uma idosa de 73 anos foi resgatada por auditores fiscais de situação análoga à escravidão na terça-feira (18). Ela trabalhava como cuidadora de outra idosa de 99 anos em Itapetininga, no interior de São Paulo, e não possuía registro de carteira. Além de ficar 24 horas à disposição da família contratante, a vítima estava sem folga há 20 anos.
A ação de fiscalização começou no dia 3 de junho, quando houve a suspeita de trabalho análogo à escravidão. Segundo os auditores, enquanto estava a serviço da família, a idosa dormiu fora da residência dos patrões apenas uma única vez. Ela recebia um pagamento de R$ 380 por semana – o que também pode caracterizar trabalho escravo.
“Quando há o resgate de trabalhador doméstico é preciso averiguação de uma série de detalhes, como por exemplo, as condições em que essa idosa seria abrigada. É uma ação que requer tempo, cautela, sigilo e cooperação dos envolvidos”, explicou o chefe da fiscalização Regional do Ministério do Trabalho em Sorocaba, Ubiratan Vieira.
Ele informou que os auditores fiscais entrevistaram a idosa e estão realizando os cálculos das verbas trabalhistas devidas para propor um acordo com a família. Caso não aceitem, o Ministério Público do Trabalho vai acionar a Justiça e abrirá um processo para que a trabalhadora possa receber o pagamento das verbas devidas.
Fonte: SBT