O volume das exportações de café no mês de maio somou 732 mil sacas, representando o mês de maio com maior volume de exportação desde o início da série histórica. Em relação ao mês de maio de 2023, o volume exportado deste ano teve um aumento de mais de 255%. No acumulado do ano, de janeiro a maio, as exportações capixabas de café somaram 3,3 milhões de sacas, sendo 2,8 milhões de conilon, 232 mil sacas de arábica e 231 mil sacas de solúvel, somando a movimentação de US$ 611 milhões.
Conilon foi a principal espécie exportada, totalizando 627 mil sacas
Segundo dados do Centro do Comércio de Café de Vitória, entidade que representa os exportadores de café do Espírito Santo, o conilon foi a principal espécie exportada, totalizando 627 mil sacas, representando 85,7% do volume total.
Em sequência, o café arábica somou 60 mil sacas exportadas, representando 8,3% do volume total. Por fim, o volume de solúvel foi de 43 mil sacas, representando 5,93% do volume total. O destino principal das exportações do mês foi a Espanha, somando 17,9% do volume total exportado, seguido do México, com 10,95%.
As exportações foram negociadas a um preço médio de US$ 199,44 por saca, gerando uma receita de US$ 146 milhões. Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações somaram US$ 611 milhões, com 3,3 milhões de sacas exportadas. Em comparação ao mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 298%, enquanto a receita aumentou 320%.
De acordo com Jorge Nicchio, presidente do Sindicato do Comércio de Café do Espírito Santo (Sindicafé), se as exportações continuarem nesse ritmo, o Espírito Santo poderá exportar cerca de 7 milhões de sacas em 2024. Além disso, o estado tem potencial para superar a marca histórica de exportação de café.
“Temos uma média de 600 mil sacas por mês em 2024, e a tendência é que os embarques continuem fortes nos próximos meses. Com isso, esperamos fechar o ano exportando 7 milhões de sacas de café conilon por Vitória. Mantendo essa média e com um volume forte em junho, julho e agosto, atingiremos essa marca. O recorde de conilon foi em 2020, com 4,8 milhões de sacas exportadas. Mesmo que não alcancemos os sete milhões, acredito que teremos um recorde de exportação de conilon este ano”.
Nicchio também menciona a possibilidade de o Espírito Santo ultrapassar as exportações gerais de café. Em 2002, o estado exportou 8,2 milhões de sacas, mas nos primeiros cinco meses daquele ano, apenas 2,3 milhões foram exportadas. Isso indica que 2024 pode ser um ano recorde, pois já foram exportadas 3,3 milhões de sacas nos primeiros cinco meses.
“Já mostramos que faremos um excelente volume de café conilon este ano. Vamos bater o recorde absoluto de exportação de conilon e, possivelmente, o recorde geral de 8,2 milhões de sacas alcançado em 2002”.
O aumento das exportações de café conilon é atribuído a vários fatores-chave, incluindo a capacidade de produção capixaba de suprir falhas de safra em países como Vietnã e Indonésia, grandes produtores mundiais. Além disso, desafios logísticos enfrentados no Canal de Suez e no Mar Vermelho dificultaram o escoamento da safra para a Europa, e a melhoria da qualidade do café conilon capixaba também contribuiu para o aumento das exportações.
Essa conjuntura de fatores fez com que o preço do café disparasse. Atualmente, o café está custando em média R$ 1.200,00, um aumento de 80% em relação ao ano passado, quando estava em R$ 670,00.
Fonte: Agro Business