Estudo aponta que parte do DNA herdado dos povos neandertais pode causar variações genéticas mais frequentes em pessoas com autismo
(Imagem: Piyaset/Shutterstock) |
Um novo estudo conduzido por cientistas das universidades de Clemson e Loyola, nos EUA, indica que parte do DNA humano herdado dos neandertais pode estar relacionado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). A equipe concluiu que as variações genéticas transmitidas por esses antepassados são mais comumente encontradas em pessoas com autismo.
- Cientistas apontam que parte do DNA humano herdado dos neandertais pode estar relacionado ao Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- O estudo mostra que variações genéticas transmitidas pelo DNA neandertal são mais frequentes em pessoas que estão no espectro;
- A equipe analisou o DNA de 3.442 participantes não-hispânicos, brancos hispânicos e brancos não-hispânicos com e sem autismo;
- Os resultados indicaram 25 polimorfismos – variações genéticas – específicos mais comuns em pessoas com autismo;
O estudo foi publicado na Molecular Psychiatry
Anteriormente, algumas pesquisas já haviam demonstrado que o DNA neandertal pode moldar certas estruturas do cérebro humano. No estudo recentemente publicado na Molecular Psychiatry, os cientistas buscaram examinar o possível papel dos genes neandertais especificamente em pessoas com autismo.
Estudo de DNA neandertal também apontou epilepsia em pessoas com autismo
Para o estudo, os cientistas analisaram o DNA de 3.442 participantes com e sem autismo, divididos entre negros não-hispânicos, brancos hispânicos e brancos não-hispânicos. Foram identificados 25 polimorfismos – variações genéticas – específicos mais comuns em pessoas com autismo. Quadros de epilepsia também foram identificados em alguns casos.
Estudo também identificou quadros de epilepsia em alguns participantes com autismo. (Imagem: Puwadol Jaturawutthichai/Shutterstock) |
Uma variante no gene SLC37A1, por exemplo, foi identificada em 67% dos participantes brancos não-hispânicos com autismo, epilepsia e familiares autistas. Em comparação, foram determinadas 26% de pessoas autistas, mas sem epilepsia e 22% de pessoas sem autismo ou epilepsia.
“Este é o primeiro estudo a fornecer fortes evidências do papel ativo de um subconjunto de alelos raros – bem como de alguns alelos comuns – derivados dos neandertais na suscetibilidade ao autismo em várias das principais populações americanas”, escreve a equipe no artigo.
Fonte: Olhar Digital