Por que os pilotos de avião raramente usam barba? Entenda

Pilotos tiram fotos antes do primeiro voo comercial do C919. O jato chinês decolou de Xangai para Pequim, num voo de cerca de duas horas e meiado primeiro jato de passageiros C919 produzido na China de Xangai a Pequim — Foto: AFP

Você já reparou ou se perguntou por que os pilotos de avião geralmente não têm barba? Embora não seja uma política da Administração Federal de Aviação (FAA), várias grandes companhias aéreas têm políticas rígidas sobre pelos faciais. A American Airlines, por exemplo, exige que seus pilotos estejam barbeados antes de se apresentarem para o serviço.

As companhias aéreas americanas chegam ao ponto de não permitir que os tripulantes de folga que ocupam assentos dobráveis sobressalentes na aeronave tenham barba ou cavanhaque.

A exigência, porém, tem a ver com a segurança dos pilotos e dos demais passageiros dos voos. Uma revisão de segurança de 1987 sobre máscaras e pelos faciais mostra que eles podem tornar as máscaras de oxigênio menos eficientes.

"Os dados resultantes desses testes indicaram que a diminuição no desempenho ocorre quando há presença de pelos faciais ao longo da superfície de vedação das máscaras de oxigênio da tripulação. Essa diminuição é proporcional à quantidade de pelos faciais presentes, ao tipo de máscara usada, ao sistema de suspensão associado a máscara e o nível de exercício ao qual o indivíduo é submetido”, explica o relatório de um desses estudos.

Um dos estudos encontrou vazamento entre 16% e 67% para passageiros que usavam barba sob as máscaras de oxigênio. Esta preocupação com a segurança é agravada pela atividade física dos tripulantes, que aumenta a frequência respiratória e aumenta o risco de hipóxia (condições fisiológicas que resultam quando o corpo não recebe oxigênio suficiente).

“Passageiros com barba podem esperar algum déficit na oxigenação após uma descompressão que pode levar a vários graus de hipóxia. Se a máscara for colocada corretamente e os procedimentos usuais de descida de emergência puderem ser seguidos, o déficit na oxigenação pode não ser grave o suficiente para ser fatal, mas pode causar perda de consciência”, mostra o estudo.

Fonte: O Globo


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