Por que quilo de brócolis já está mais caro que alcatra no ES?


O valor do quilo do vegetal está mais caro do que boa parte dos cortes de carne; entenda o motivo desse aumento nas prateleiras dos supermercados

Brócolis tem alta de preço nos supermercados. (Shutterstock)

Manter uma alimentação saudável, que prioriza frutas, verduras e legumes, traz diversos benefícios e contribui para o bem-estar. Nessa linha, um dos ingredientes preferidos brócolis, por ser fonte de vitaminas e combinar bem com várias receitas. Porém, os apreciadores desse alimento precisam se preparar quando forem procurá-lo nas prateleiras. O vegetal que fortalece a saúde anda enfraquecendo o bolso. O quilo do brócolis está mais caro que alguns cortes de carne de primeira. 

Em alguns supermercados, é possível encontrar o quilo do brócolis custando R$ 55,60. Esses valores causam ainda mais espanto quando comparados aos preços das carnes, que é um alimento que já tem um custo maior nas compras do mês. Em dias de promoção, é possível encontrar a alcatra por R$ 35,98 o quilo e, em outros dias, o preço do corte chega aos R$ 42,98. O quilo do patinho pode ser comprado por R$ 41,90. A diferença do quilo do vegetal e do contrafilé chega apenas aos 30 centavos, com o corte custando R$ 55,90 o quilo.

O principal fator que influencia a disparada dos preços é a sazonalidade, que determina a época do ano mais favorável para a produção de certos alimentos e torna mais difícil o cultivo de outros. O superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, explica que o preço é influenciado pela escassez do produto e os alimentos do hortifrúti são os que mais sofrem com essas variações.

"São produtos sazonais que dependem muito do clima. Se em um período específico não for propício para fazer uma cultura, o agricultor pode produzir pouco ou quase nada"

Hélio Schneider•Superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps)

Além disso, há outro fator que influencia a alta dos preços, que é a relação de oferta e procura, conforme o economista Mario Vasconcelos, especializado em Economia Doméstica. Se um produto chega em pouca quantidade, acaba não conseguindo atender a necessidade daquela região, o que contribui diretamente para determinar o valor que aquele alimento será comercializado.

"O aumento da procura por produtos que não possuem oferta suficiente para atender a demanda faz os preços aumentarem"

Mario Vasconcelos•Economista especializado em Economia Doméstica

O economista ainda explica que há outros fatores que contribuem com a inflação dos produtos, como a taxa de câmbio elevada, que tem impacto no preço final dos alimentos, uma vez que o Brasil importa uma série de insumos de outros países. Ele cita também o preço do combustível, que influencia o valor do frete. Assim, quando o gasto com o transporte aumento, essa despesa é repassada para o preço final do produto.



Fonte: A Gazeta



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